Europa mantém apenas 30% dos voos

Michael Probst/APAviões parados em aeroporto de Frankfurt, na Alemanha

Aviões parados em aeroporto de Frankfurt, na Alemanha

O presidente do Sindicato Nacional Francês dos Controladores Aéreos, Stéphane Durand, afirmou nesta segunda-feira que o fechamento de parte do espaço aéreo europeu pela nuvem de cinzas procedente da Islândia, criticado por algumas companhias, não pode ser considerado um excesso de precaução. Nesta segunda, apenas 30% dos voos previstos para o continente devem operar – o que representa entre 8 e 9 mil decolagens.

"Não, não penso que se possa dizer isto, mesmo porque as polêmicas acontecem sempre depois ou durante este tipo de acontecimento", afirmou Durand à rádio France Info. "As medidas de segurança não são necessariamente adequadas às aspirações econômicas ou sociais, mas a medida de segurança foi adotada em escala europeia, por governos que têm um enfoque às vezes diferente na área de segurança", completou.

A Eurocontrol prevê que nesta segunda-feira será possível operar entre 8 mil e 9 mil voos, o que representa 30% dos trajetos previstos na Europa. "Quase 30% do número total de voos devem acontecer hoje (segunda-feira) na Europa, o que representa 50% da superfície total do continente", destaca a nota. No domingo, apenas 20% do tráfego aéreo foi garantido. Apenas o sul da Europa está atualmente aberto ao tráfego civil.

Cias aéreas reclamam
As companhias aéreas reunidas na Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) manifestaram insatisfação com a gestão da crise e pediram a abertura de corredores aéreos. "Esta crise está suficientemente avançada para expressarmos nossa insatisfação pela forma como tem sido administrada pelos governos", disse o diretor da Iata, Giovanni Bisignani, em Paris.

"Uma avaliação dos riscos deveria permitir a abertura de certos corredores (aéreos)", completou Bisignani, que em uma entrevista à rádio britânica BBC acusou os governos de terem provocado um "caos". "É um problema para a Europa. É um caos europeu. Foram necessários cinco dias para organizar uma teleconferência entre os ministros dos Transportes da União Europeia (UE)", reclamou indignado à BBC.

Tanto na entrevista coletiva como nas declarações à emissora britânica, ele exigiu "decisões sustentadas por fatos reais". "Os europeus ainda utilizam um sistema baseado em um modelo teórico, ao invés de adotar uma decisão baseada em fatos e em uma análise dos riscos", declarou à BBC. As autoridades europeias têm programadas duas reuniões hoje para decidir sobre a confiabilidade da retomada dos voos.

Fonte: AFP/Terra

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