Uma parceria entre o governo do Estado e o Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar) vai beneficiar cerca de 5 mil agricultores da região canavieira que, nos períodos de descanso do solo, terão à disposição 2,5 mil hectares para cultivar e produzir alimentos, principalmente milho e feijão.
O Projeto se chama Barriga Cheia e será lançado nesta sexta-feira (23), às 9h, no Palácio República dos Palmares, em Maceió. Com apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), o objetivo é oferecer aos próprios trabalhadores da região a oportunidade para produzir alimento e gerar renda numa área muito disputada pelo setor canavieiro.
Segundo o diretor de Irrigação da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Manoel Sampaio, o potencial produtivo desse projeto é em torno de 7 mil toneladas de grãos. “Para isso, serão distribuídas 80 toneladas de sementes de milho, feijão de corda e feijão de arranca”, citou Manoel Sampaio.
Até agora, o Projeto Barriga Cheia teve a adesão de 15 usinas. Somente na Usina Coruripe, são 550 hectares que poderão ser utilizados pelos agricultores. Na Usina Roçadinho são 302 hectares, outros 200 hectares na Usina Porto Rico, mais 100 hectares disponibilizados pela Pindorama e 500 hectares oferecidos pela Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana).
Início do Projeto — O Projeto Barriga Cheia já era realizado pela Usina Seresta, no município de Teotônio Vilela, e agora será ampliado. Segundo o presidente da Fetag, Genivaldo Oliveira, essa ampliação foi uma das solicitações da entidade ao governador Teotonio Vilela, logo no início do governo. “Fico satisfeito ao ver que o governador está cumprindo com o que prometeu. Esse projeto vem amenizar a situação dos trabalhadores no período de entressafra da cana e acreditamos que vamos conseguir ampliá-lo ainda mais”, frisou Genivaldo.
