Após a sessão, Ernandi explica implantação do PCCS a Judson Cabral
O pagamento nesta quarta-feira, 28, dos salários do mês de abril dos servidores do Poder Legislativo de Alagoas deixou ainda mais claras as distorções e dúvidas que permeiam a folha do Poder Legislativo. De um lado, servidores insatisfeitos com supostos cortes salariais, do outro, a garantia do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (SSPLAL) e da própria Mesa Diretora, de que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) foi finalmente implantado.
Demonstrando irritação diante dos questionamentos, o presidente do SSPLAL, Ernandi Malta, garantiu que o Plano foi implantado parcialmente. “O Plano foi implantado, mas não pagaram o retroativo dos quinquênios referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março. Pelo acordo feito com a Mesa Diretora, esses retroativos deveriam ter sido pagos”, disse o sindicalista, mostrando cópias do PCCS e do documento assinado pelo presidente Fernando Toledo.
Questionado sobre a insatisfação dos servidores diante dos contracheques recebidos, Ernandi disse que o problema é a falta de conhecimento e também o fato de vários trabalhadores em cargos de chefia terem suas funções gratificadas cortadas. “Aqui se dá com uma mão e tira com a outra. Pode acontecer de alguém ter sido prejudicado, mas são casos isolados”.
Outro ponto destacado pelo presidente do Sindicato é que a progressão e o enquadramento financeiro dos servidores com nível superior só será feita em janeiro de 2011, de acordo com o próprio PCCS, para a decepção de muitos que esperavam melhorias salariais significativas já neste mês de abril.
Com o objetivo de dirimir as dúvidas dos servidores e decidir sobre a possibilidade de uma nova paralisação, em razão do descumprimento parcial do acordo por parte da Mesa Diretora, uma assembleia geral será realizada na próxima sexta-feira, 30, às 9h, na sede do sindicato, no Centro.
Na entrevista concedida esta tarde, Ernandi Malta também denunciou que, com o objetivo de ‘derrubá-lo’, os deputados Jota Cavalcante e Carlos Cavalcante retiraram a consignação do sindicato. “Eles não realizaram os descontos em folha em punição a nós e para beneficiar a outra chapa”, disse, referindo-se a chapa encabeçada pela servidora Fátima Leão, que disputou com ele a presidência do sindicato.
“Querem acabar com o sindicato e prejudicar os trabalhadores, mas vamos ao Ministério Público para nos defender. A consignação de 1% é lei federal que protege os sindicatos e não vou deixar de buscar o que é direito dos trabalhadores”, frisou.
Folha suplementar
Na rápida sessão desta quarta-feira (28), os deputados Paulão, Judson Cabral, ambos do PT e Rui Palmeira (PSDB) questionaram o presidente Fernando Toledo sobre a implantação do Plano. “Cerca de 99% dos servidores que eu falei estão insatisfeitos e dizem que as alterações salariais não correspondem ao Plano”, disse Judson em entrevista a imprensa.
“O presidente disse que irá pagar a diferença do retroativo em folha suplementar. A implantação dos quinquênios representa um impacto de R$ 150 mil. Sugeri aos servidores que estão insatisfeitos, e a insatisfação é generalizada, que comecem a abrir requerimentos internos para sanar essas distorções”, finalizou.
Crédito: Vanessa Alencar/Alagoas24horas
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