A Justiça de São Paulo condenou o espólio do deputado federal e estilista Clodovil Hernandez, morto em março de 2009, a pagar R$ 5 mil de reparação por danos morais ao também estilista Ronaldo Ésper. O valor da sentença é metade dos R$ 10 mil reivindicados por Ésper, que três meses após a morte de Clodovil solicitou à Justiça que o espólio de Clodovil continuasse responsável pelo pagamento da indenização.
A advogada do espólio de Clodovil, Maria Hebe Pereira de Queiroz, disse que a disputa judicial não termina agora, pois Clodovil, embora morto, ainda é parte em outra ação independente contra Ésper por danos morais. As informações são do G.1.
A sentença proferida pela juíza Maria Carolina Mattos, da 14ª Vara Cível de São Paulo, refere-se a um processo iniciado em 2005. Ainda cabe recurso de apelação ao TJ-SP. Na ação, Ésper acusou Clodovil de ter dito a uma revista que ele (Ésper) roubou obras de arte na Itália, local onde morou.
Na contestação, Clodovil afirmou que apenas reproduziu à revista o que ouviu de Ésper, durante uma conversa entre os dois no Parque Trianon, em frente ao Museu de Arte de São Paulo.
Segundo o texto da sentença, Clodovil contou à revista que ouviu de Ésper o relato de que ele, Ésper, "teve problemas ao sair da Itália com obras de arte por não conseguir comprovar sua procedência".
"A gente já esperava isso. O Clodovil falou efetivamente o que não devia e, na época, o Ronaldo Esper também não conseguiu ficar quieto, foi à televisão e fez ofensas gravíssimas ao Clodovil", disse ela em entrevista ao G.1, complementando que "eu ainda disse para o Clodovil na época: que ele iria perder essa ação, mas vai ganhar a outra que vou fazer", afirmou Maria Hebe.
O episódio que envolve as ações cíveis de indenização é anterior a 19 de janeiro de 2007, quando Ronaldo Ésper foi preso sob acusação de furto de dois vasos do Cemitério do Araçá. Nesse caso, a decisão transitada em julgado absolveu o estilista da acusação.
(Do Espaço Vital).
