Servidor público denuncia coação e pede proteção

Flávia Duarte/Alagoas24horasSebastião Pereira, pais de Carlos Roberto, busca punição para assassinos do seu filho

Sebastião Pereira, pais de Carlos Roberto, busca punição para assassinos do seu filho

Após ameaça, o pai do servente Carlos Roberto Rocha dos Santos, 31 anos, – que foi brutalmente assassinado em agosto de 2004, teme por sua vida e pede segurança ao Estado. O servidor público Sebastião Pereira foi ameaçado na última quarta-feira, dia 28, durante seu protesto silencioso na porta do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Sebastião foi ouvido por termo na manhã desta segunda-feira, 3, pelo promotor de Justiça Flávio Gomes. Em entrevista, Sebastião contou que foi xingado e ameaçado por uma mulher que supostamente trabalha para o vereador Luiz Pedro – acusado de ser o autor intelectual na morte de Carlos Roberto. Luiz Pedro vai a júri popular.

“Eu estava sentado na porta do Tribunal de Justiça, quando esta mulher passou por mim, me chamou de ‘velho safado’ e disse que eu tava querendo prejudicar muita gente. Depois de me xingar por várias vezes ela ainda disse que eu ia ver o que vai acontecer comigo por causa das minhas atitudes, e saiu em direção à Câmara Municipal”, explicou Sebastião.

O servidor público disse ainda que reconheceria a mulher e quer que ela responda pelas ameaças. Segundo ele, a polícia pode identificá-la através das imagens do circuito fechado de TV do TJ. “Não vão me intimidar com ameaças. Eu quero a punição dos envolvidos na morte do meu filho e ter o direito de enterrar o corpo dignamente”, completou.

Ainda durante reunião com o promotor, Sebastião pediu proteção policial, uma vez que teme ser assassinado. “Quero, além da punição para esta mulher que me ameaçou, proteção policial, pois estou na boca do lobo”, disse.

Flávio Gomes informou que vai encaminhar ofício para o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, informando o caso e pedindo providências, como abertura de inquérito e proteção policial para o servidor público.

O promotor disse ainda que vai encaminhar documento para a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça para que os desembargadores – que determinaram na semana passada a prisão de Luiz Pedro – estejam cientes das ameaças de um das testemunhas do processo.

Sebastião disse que ainda hoje também vai até o Conselho Estadual de Segurança Pública para saber como andam as investigações sobre o suposto sumiço do corpo de seu filho do Instituto Médico Legal Estácio de Lima.

Crime

Carlos Roberto foi levado da sua residência na madrugada do dia 12 de agosto de 2004 e morto com 21 tiros. Durante a fase de inquérito policial, o agente penitenciário Luis Vagner, principal testemunha do crime, teria afirmado que as pessoas responsáveis pelo sequestro e morte do jovem seriam ‘capangas’ de Luiz Pedro. Apesar de descobrir como se deu a morte do filho, o pai de Carlos Roberto, o servidor público Sebastião Pereira, até hoje luta para tentar encontrar os restos mortais do seu filho. O desaparecimento do corpo de Carlos Roberto resultou em uma correção do IML de Maceió.

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