Caso Fábio Acioli: termina a reconstituição

alagoas24horasO local onde o carro foi queimado.

O local onde o carro foi queimado.

O segundo dia da reconstituição do crime do estudante Fábio Acioli foi na noite desta quarta-feira (5). Mais uma vez tudo começou no Beto’s Bar, em Cruz das Almas, local do encontro entre Fábio e Cícero Rafael. Em seguida os peritos fizeram o percurso que foi feito pelos autores do crime, até o Benedito Bentes I, percurso de 14 km feito em 21 minutos.

Já no Bendito Bentes I, os peritos foram para o local onde o estudante Fábio Acioli foi queimado e deixado pelos criminosos. Numa estrada de difícil acesso e sem nenhuma iluminação, Fábio teria percorrido cerca de 400 metros até chegar à pista de acesso ao Benedito Bentes I. O estudante teria pedido socorro aos moradores de uma casa, que fica às margens da pista, mas não teria sido atendido.

Com mais de 80% do corpo queimado, Fábio cambaleou por mais de 300 metros, atravessou a pista e voltou a pedir socorro, só depois de algum tempo foi que um motoqueiro parou e socorreu o estudante. O motoqueiro estava na reconstituição, mas não falou com a imprensa.

O passo seguinte foi descer pelo Benedito Bentes II e chegar até Jacarecica, fazendo trajeto dos assassinos e ao local onde o carro foi queimado, em um sítio.

MP

O promotor Malta Marques afirmou que o Ministério Público sai da reconstituição com importantes detalhes para a elucidação do caso. O promotor não descartou a possibilidade do crime ter carecterísticas homofóbicas. O laudo deve sair em 30 dias.

Entenda o caso

Fábio Acioli foi sequestrado no dia 11 de agosto do ano passado, no bairro de Cruz das Almas. Fábio foi levado em seu veículo para um canavial no Complexo Benedito Bentes, onde foi agredido e teve quase 90% do corpo queimado.

Após ser resgatado, o jovem foi submetido à cirurgia em um hospital particular de Maceió e posteriormente foi encaminhado para um centro de tratamento de queimados na cidade de Recife (PE), onde morreu em decorrência de infecção generalizada.

Apesar da repercussão e notoriedade, o caso segue até o momento sem que a polícia tenha apontado o autor intelectual do crime. Quanto aos autores materiais, também há dúvidas, já que a Polícia Civil chegou a prender cinco pessoas – Márcio Fernando Inácio, Nelson Luis de Andrade, Wanderley do Nascimento Ferreira, Carlos Eduardo Souza e Rafael Cícero de França, contudo, liberou algum tempo depois os acusados Márcio Fernando Inácio e Nelson Luiz de Andrade por não terem sido reconhecidos pelas testemunhas

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