Secretário alagoano ministra oficina no Sul

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A realização de nove seminários, cinco oficinas e oito cursos ocuparam, simultaneamente, toda a programação diária do XXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que aconteceu entre os dias 24 e 28, em Gramado/RS. Participação do Setor Saúde na Política de Saneamento Básico e na Operacionalização dos Planos Municipais; Direito à Saúde e Gestão Pública: Avanços e Entraves; Gestão da Clínica; Os Sistemas de Saúde do Brasil e da Espanha; Saúde nas Fronteiras e o Processo de Integração Regional; Assistência Farmacêutica; e Plantas Medicinais e Fitoterapia na Atenção Primária à Saúde foram alguns dos temas abordados.

Entretanto, a Oficina que obteve o maior número de inscritos foi ministrada por um secretário municipal de saúde de Alagoas. Joellyngton Medeiros, que é um dos fundadores e ex-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (COSEMS/AL), hoje responde pela pasta no município de Taquarana (Micro-região de Arapiraca, 111 km da capital). Profundo conhecedor do SUS, Joellyngton Medeiros ministrou a Oficina “Financiamento da Saúde”.

“A Oficina já tinha 414 pré-inscritos, antes mesmo do início do Congresso. Depois, as vagas se esgotaram, totalizando 570 inscrições. Infelizmente o espaço físico do Centro de Convenções Expo-Gramado (local onde ocorreu o evento), não comportava, para uma Oficina, o número de pessoas que tinham interesse em participar. Por isso, aproximadamente 50 congressistas que queriam se inscrever ficaram de fora”, conta o gestor de saúde de Taquarana.

Para ele, o grande interesse dos participantes pela Oficina de Financiamento, acontece por causa da grande angústia que os gestores enfrentam para gerir a saúde municipal, com recursos tão escassos. “É um grande desafio fazer SUS, com o financiamento de que dispomos. Essa situação é ainda mais complicada nos municípios de pequeno porte, como é o caso da grande maioria dos municípios do Estado de Alagoas”, explica Joellyngton Medeiros.

Fábio Apostolo de Lira, prefeito de Feira Grande (micro-região do Agreste, 166 km de Maceió), que participou da referida Oficina, destacou que, para ele, é determinante que o prefeito esteja envolvido, diretamente, na gestão da saúde municipal. “Fiz questão de participar desse evento. Mesmo com a presença do secretário de saúde, acredito que o envolvimento ativo do gestor da Prefeitura faz um grande diferencial. Nesta oficina, por exemplo, tive a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre o financiamento do SUS. Lamentavelmente, percebo, ainda mais, a precariedade dos recursos. Por isso mesmo, a necessidade de lutarmos juntos: prefeitos e secretários por um financiamento mais justo para a saúde de nossos munícipes” analisa.

Carlos Alexandre Pereira Lins, vice-prefeito e secretário de saúde da Barra de Santo Antonio (Litoral Norte, 50 km da capital), embora não tenha tido a oportunidade de participar da Oficina “Financiamento”, inscrevendo-se, portanto, na Oficina “Desafios da Gestão”, também concorda que o grande problema dos municípios é a questão do financiamento dos blocos de ações da saúde: “Para que haja uma real melhoria das ações e serviços da saúde pública municipal, é necessário que o Governo Federal aumente os recursos da Atenção Básica, assim como o incentivo para medicamentos da Farmácia Básica e insumos. A saúde precisa começar a ser vista como prioridade”, completa.

Fonte: Ascom Cosems

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