Lideranças comunitárias de Fernão Velho terão uma manhã especial nesta terça-feira (1º), quando participam de café da manhã com o governador Teotonio Vilela, durante mais uma edição do Projeto Ouvidoria nas Comunidades.
O encontro está marcado para as 8h, no Instituto da Melhor Idade, localizado na Praça São José, na área central do bairro. As lideranças vão poder expor para o governador as necessidades da localidade em relação à prestação dos serviços públicos e, como ocorre em todos os encontros dos quais Teotonio Vilela já participou, nenhuma demanda ficará sem resposta. Além do governador, secretários e dirigentes de órgãos estaduais estarão presentes, para ouvir e buscar soluções para as reivindicações apresentadas.
O encontro também terá a participação de lideranças de Rio Novo, Goiabeira, Santa Amélia, Petrópolis, Tabuleiro, Colina dos Eucaliptos e Conjunto Medeiros Netos, todos na região próxima a Fernão Velho.
Presidente da Associação de Moradores de Fernão Velho, André Avelino dos Santos, o “Dedé”, mora no bairro há 37 anos, e diz que “esse é um momento muito importante. Nunca vi um governador participar de um projeto como esse. Tomar café da manhã com lideranças comunitárias para ouvir suas reivindicações”. Ele afirma que Fernão Velho ainda pode ser considerada uma localidade pacata, sem a onda de violência urbana que tanto aflige pessoas de outras comunidades. Mas para que essa situação se mantenha, afirma que é preciso se antecipar e instalar no bairro a polícia comunitária, como o Estado já fez em outras regiões e tem sido considerado um sucesso.
“Vamos pedir ao governador que traga para Fernão Velho a polícia comunitária, para que possamos continuar com esse bairro pacato, onde todos se conhecem. Moram aqui há anos e daqui não querem sair”, afirma.
Outra demanda da comunidade, segundo André Avelino, é por ambulância. “O Samu só vem nos casos mais graves, quando a pessoa está inconsciente, por exemplo. Afora isso, quem não puder pagar R$ 30 ou R$ 40 de táxi para se deslocar, fica sem atendimento médico”, ressalta, ao dizer que outra necessidade é o acesso ao Santo Cruzeiro, uma espécie de cartão postal do bairro, onde as pessoas religiosas costumam subir para fazer suas preces.
“Quando chove, desliza muito e os idosos, principalmente, não têm como chegar até lá. É preciso manter a cultura do bairro”, ressalta.
O vice-presidente da Associação Unidos Venceremos, de Rio Novo, Edivaldo Domingos da Silva, diz que uma das demandas da localidade é a pavimentação do trecho que vai do terminal de ônibus até a BR-101. “São apenas 300 metros, porque o restante foi feito, mas faltou esse trecho”. Além disso, a comunidade também vai pedir a construção de uma quadra para a prática esportiva. “Nossos jovens ficam muito ociosos. Só tem uma quadra de esporte em Fernão Velho”, diz.
O Ouvidoria nas Comunidades já esteve no Village Campestre, Clima Bom, Chã da Jaqueira, Jacintinho, Benedito Bentes, Vergel, com os pescadores, na Colônia Z-1, e lideranças do Reginaldo. Coordenado pelo ouvidor-geral Claudionor Araújo, o projeto tem sido destacado pelo governador em todas as localidades por onde passa. Teotonio Vilela faz questão de ressaltar o papel das lideranças pela luta em favor dos moradores.
“Nada substitui o empenho dos líderes comunitários porque são eles que estão no dia a dia das comunidades”, ressaltou.
