Tropas israelenses entram em navio

Militares israelenses entraram no navio humanitário que seguia para a Faixa de Gaza neste sábado (5), informou o Exército. Ainda, segundo os militares, não houve resistência. A embarcação segue agora para o porto israelense de Ashdod, diz o site do jornal israelense Haaretz, citando uma TV local.

O navio fazia parte da frota que foi atacada pelas forças israelenses em águas internacionais na última segunda-feira (31), mas se atrasou e seguiu sua navegação de forma isolada.

Mais cedo, o porta-voz militar do Exército, Avital Leibowitz, havia declarado a uma rádio estatal que o navio de bandeira irlandesa seria abordado, caso não obedecesse à ordem de desviar seu percurso para o porto israelense.

“Nossos soldados vão entrar no navio, caso a rota não seja desviada”, declarou o porta-voz. “Estamos dispostos a fazer uso das nossas armas para nos defender”, chegou a dizer.
De acordo com o Exército, os ativistas ignoravam a ordem de não seguir para Gaza. “Notificamos o navio diversas vezes para seguir para o porto de Ashdod, que há um bloqueio em Gaza, mas as nossas mensagens foram ignoradas”, afirmou Leibowitz.

Mais cedo, o porta-voz do comitê ativista que aguarda o navio em Gaza, Amjad Al Shawa, chegou a afirmar que a embarcação humanitária havia sido interceptada. “Vários barcos israelenses interceptaram o Rachel Corrie a cerca de 35 milhas náuticas de Gaza”, disse.

O navio leva 15 ativistas, inclusive a norte-irlandesa Mairead Corrigan, Prêmio Nobel da Paz de 1976, e Denis Halliday, ex-assistente do secretário geral das Nações Unidas.

"Não vamos permitir que o barco entre em Gaza", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ministros nesta quinta-feira (3), segundo relato feito por uma fonte do seu gabinete.

Tanto neste caso quanto na frota anterior, os ativistas tentam levar mantimentos à Faixa de Gaza, furando o bloqueio imposto há anos contra o território palestino governado pelo grupo islâmico Hamas.

Netanyahu disse que ofertas para que a carga seja inspecionada no porto israelense de Ashdod foram rejeitadas, e que as forças israelenses deveriam usar "cautela e polidez" ao abordar a embarcação, de modo a evitar danos físicos aos seus passageiros.

Israel alega que seus soldados mataram ativistas na última segunda porque foram agredidos ao desembarcarem de um helicóptero no convés do navio Mavi Marmara.

Fonte: Do G1, com agências internacionais

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