O prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus determinou que fosse feita uma força-tarefa comandada pelos secretários Fernando Cavalcante, da Infraestrutura, Iolanda Alcântara, da Assistência Social, Erikson Melo, do Meio Ambiente, e Jadir Ferreira, da Defesa Civil Municipal, para que acompanhem in loco a situação das famílias atingidas e as que podem ser afetadas com as chuvas que caem em Marechal Deodoro.
O grupo está fazendo um levantamento dos danos causados. O relatório será entregue ao prefeito nesta segunda-feira e encaminhado, imediatamente, à bancada federal, em Brasília. O objetivo, segundo Cristiano Matheus, é fazer com que o governo federal priorize a liberação imediata dos recursos destinados ao programa Minha Casa Minha Vida. “Precisamos tirar as famílias que residem em áreas complicadas neste período. Nossa equipe está nas ruas e vamos fazer o possível para evitar uma nova catástrofe”, disse o prefeito.
Neste sábado a comitiva de secretários esteve em todos os locais atingidos e constataram que a situação é de emergência. “As pessoas que comandaram este município no passado não se preocuparam com essas famílias. Aqui na Rua Presidente Dutra, por exemplo, há mais de 20 anos residências foram construídas no alto sem um muro de proteção. Já na parte baixa, os moradores do Barro Vermelho foram atingidos com o deslizamento ocorrido na madrugada de hoje. O prefeito Cristiano Matheus está aguardando o relatório para que na terça-feira ele mesmo leve o documento a Brasília,onde mais uma vez irá cobrar da bancada federal apoio para que haja prioridade no Minha Casa Minha Vida”, disse Fernando Cavalcante.
Entre as cinco residências localizadas à Rua presidente Dutra e que estão sob ameaça de desabamento está a da senhora Maria Rodrigues Laurentino. “A chuva de ontem realmente assustou a todos, com esse deslizamento da barreira. Na verdade eu não quero sair desse lugar, mas minha filha Monique já está procurando outra casa aqui em Marechal", disse a moradora.
No bairro da Esperança, na parte baixa a mais atingida com o deslizamento, foi a casa da dona Edenilza Barbosa da Silva, que mora com a filha Ana Paula. Devido a situação financeira delas a secretária Iolanda Alcântara já confirmou que o município vai arcar com as despesas da família em outra casa.
Entre as vitimas que estão com suas residências ameaçadas de desabamento está a servidora do município Maria Nascimento da Silva, que recebe um salário mínimo. O drama dela é maior porque tem uma filha portadora de necessidades especiais. "Conforme assegurou o prefeito Cristiano Matheus todos esses servidores que foram vítimas do desabamento e que possuam rendimento compatível com a exigência da Caixa Econômica Federal terão prioridade na aquisição do imóvel no conjunto residencial Denison Amorim", afirmou Iolanda Alcântara.
No povoado Pedras, numa área ocupada em sua grande maioria por pescadores, várias casas de taipa desabaram e outras estão em ameaça. Os principais imóveis atingidos foram o de Maria Cícera dos Santos, Maria de Fátima Amorim, Cícera Kinô, Genésio dos Santos e Rosilda Maria do Nascimento. Os barracos de taipas foram completamente destruídos. "Aqui nós vamos enviar lonas para proteger essas famílias até que a situação volte ao normal", garantiu o secretario Fernando Cavalcante.
A situação só está sob controle por conta do trabalho do coordenador da Defesa Civil do Município, coronel Jadir Ferreira. “Temos uma situação crítica devido ao número de casas em áreas vulneráveis, mas estamos fazendo um relatório completo para que o prefeito Cristiano possa ter em mãos algo concreto que o ajude em Brasília. O que não se pode mais conceber é que famílias permaneçam em locais críticos”, destacou o coronel Jadir.
