Representantes dos Ministérios da Integração Nacional, Desenvolvimento Civil, Defesa Civil Nacional, governo do Estado se reuniram hoje com os prefeitos das cidades que estão em estado de calamidade para traçar uma linha de ação operacional conjunta. A idéia é como aplicar os recursos disponíveis do total de R$ 50 milhões, já liberados pelo governo federal para o estado.
A Defesa Civil Estadual, que está gerenciando emergencialmente a verba , já utilizou parte desse dinheiro para a compra de quentinhas que estão sendo distribuídas à população, barracas, água mineral, caixas d´água, reservatórios, kits domésticos, higiênicos e aluguel de carros-pipa. Outras ações estão sendo desenvolvidas de forma paralela pela estrutura do governo como a compra de tubos para as adutoras destruídas, aluguel social, recuperação de vias públicas, construção de cozinhas , banheiros e lavanderias comunitárias nos abrigos que estão sendo montados .
A partir de agora, a segunda etapa do trabalho será dividida entre Defesa Civil Estadual, Governo e Prefeituras. Cada um será responsável por executar ações emergenciais para não deixar a população sem atendimento. Essa idéia de descentralizar foi dada pelos prefeitos que estão recebendo toda a demanda de solicitação da comunidade.
Hoje, 13 equipes de campo trabalham para elaborar os planos de trabalho de reconstrução da infra-estrutura pública, como mercados municipais, estradas e prédios públicos. A reconstrução das escolas e postos de saúde serão de responsabilidade dos ministérios da Educação e Saúde e as casas, através do ministério das Cidades. Uma das sugestões do presidente da AMA, prefeito Luciano Barbosa, é que o governo federal possa liberar a contrapartida das famílias que perderam tudo e garanta a reconstrução através do “Minha Casa, Minha Vida”. Mesmo sendo essa uma segunda etapa da ajuda, precisamos dar um horizonte a essas famílias que perderam tudo”, disse o prefeito.
Ele também sugeriu que a Eletrobrás possa executar o programa da troca de geladeiras nessas cidades. “É claro que quem perdeu tudo não terá a mercadoria para a troca, mas uma certificação dada pela assistentes sociais para ter o direito de entrar no programa”, acrescentou.
As prefeituras das cidades afetadas pelas chuvas também vão receber, ainda hoje, uma ajuda de R$ 1,170 milhão, para compras emergenciais. O dinheiro será transferido dos cofres do governo do Estado para as contas dos municípios e deverá ser usado para a aquisição de mercadorias e pagamento de serviços emergenciais, como a contratação de máquinas para limpeza das cidades.A média de recursos será entre R$ 50 mil a R$ 130, segundo a necessidade de cada município.
Amanhã, técnicos do estado e dos municípios passam o dia fechando os relatórios do Avadan – o documento de avaliação de danos, que será encaminhado ao governo federal para que os municípios possam receber recursos para infra- estrutura e, nessa reconstrução possa empregar pessoal da própria cidade como forma de injetar recursos na economia da cidade e, com isso, o ciclo da movimentação do dinheiro possa voltar aos municípios afetados.
Além dessas ações, a Caixa Econômica vai liberar o pagamento do Bolsa Família e o MDS vai trazer para Alagoas pelo menos duas cozinhas prontas em convênio com o SESC e colocar a disposição dos prefeitos material apreendido pela Receita Federal e que possa ajudar as comunidades.
