Jovens foram executados
Integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) e familiares dos quatro jovens encontrados mortos no sábado passado, em uma região de mata no Complexo Benedito Bentes, se reuniram na tarde desta segunda-feira, 16, com o secretário Paulo Rubim, na sede da Secretaria de Defesa Social.
De acordo com o advogado Flávio Farias – que representou a OAB na reunião juntamente com Gilberto Irineu, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem – os jovens podem ter sido executados porque extraíram varas de uma propriedade cuja localização ele não especificou.
Em entrevista concedida à rádio Gazeta AM, Farias disse que os jovens eram estudantes com boa reputação e não tinham qualquer envolvimento com drogas. Ele também afirmou que o crime pode ter o envolvimento de trabalhadores da propriedade de onde as varas foram extraídas.
“A OAB não vai calar diante de um processo desses de banalização da vida. Vamos pedir uma postura da Secretaria de Defesa Social para apurar esse crime cruel, aonde os jovens chegaram a ter os corpos queimados e os olhos arrancados. Foi uma atrocidade”, desabafou o advogado.
Após o encontro com Rubim, o grupo deve agendar uma visita ao Ministério Público do Estado de Alagoas, onde irão se reunir com integrantes do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gecoc).
Uma equipe da Delegacia de Homicídios realizou diligências nesta manhã para tentar chegar ao autor – ou autores – da chacina que vitimou José Ricardo, 24 anos, Bruno e Diego – ambos de 15 anos – e Lucas Barbosa da Silva, de 14 anos de idade.
Os corpos dos jovens que estavam desaparecidos desde a manhã da sexta-feira, 13, quando saíram de casa – no Conjunto Cidade Sorriso – para recolher lenha, foram encontrados no sábado, 14, em uma mata fechada, dentro de uma grota, próximo ao Conjunto Cidade Sorriso II.
