Lacen diz que aposentada não morreu de Leptospirose

A aposentada Maria José dos Santos, 67 anos, que residia em Rio Largo e morreu no dia 15 de agosto, no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), não foi vítima de Leptospirose. Exames realizados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), no material biológico coletado da vítima, atestaram que ela não foi infectada com a bactéria Leptospira.

A suspeita de que a aposentada foi vítima da Lepstopirose partiu da própria família, já que Maria José dos Santos teria mantido contato com água contaminada no dia 15 de julho deste ano. Ainda de acordo com o histórico da paciente, no dia 1º de julho ela foi internada no Hospital Ib Gatto Falcão, no dia 13 de agosto foi encaminhada para o Hospital Universitário (HU) e, no mesmo dia, transferida para o HEHA, onde morreu de parada cárdio-respiratória.

“Os exames realizados com o material biológico da aposentada Maria José dos Santos mostraram que ela não foi infectada pela bactéria Leptospira. No entanto, o Lacen continua investigando o caso, para constatar o que provocou a morte da moradora de Rio Largo”, esclareceu a técnica do Programa Estadual de Controle da Leptospirose, Patrícia Sarmento, ao informar que de janeiro até a primeira quinzena de agosto deste ano foram confirmados 36 casos da doença e dois óbitos.

Prevenção – Patrícia Sarmento alertou a população sobre os cuidados a serem adotados para evitar o contágio da doença, cuja incidência está relacionada às precárias condições sanitárias e alta infestação de roedores infectados. “O lixo deve ser colocado nas lixeiras e as bocas de lobo devem ser desobstruídas, já que elas podem provocar o alagamento do espaço público e inundações de casas, propiciando a disseminação da Leptospirose”, recomendou.

A transmissão ocorre pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Os roedores domésticos mais comuns, que levam leptospirose ao homem são: o rato de telhado, a ratazana e o camundongo. Isso porque, durante os temporais e inundações, a bactéria Leptospira, presente na urina desses animais, se espalha nas águas, invade as casas e pode contaminar, através da pele, os que entram em contato com áreas infectadas.

Sintomas – A Leptospirose humana é uma doença infecciosa febril, de início súbito, que apresenta manifestações clínicas variáveis, desde um quadro inaparente até formas graves, apresentando febre, fortes dores de cabeça, dores musculares, quadro de icterícia, anorexia, náuseas e vômitos. “Este quadro pode evoluir para uma doença grave, com hemorragias e insuficiência renal, cuja letalidade varia entre 10% e 40%, por isso, é importante procurar uma unidade de saúde ou hospital ao sentir os sintomas”, recomendou a técnica.

Fonte: Sesau

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos