A notificação dos casos de violência doméstica, sexual ou auto-provocada (suicídio) que são atendidos nos serviços de saúde é dever de todos os profissionais. No Hospital Geral do Estado (HGE), o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia está sensibilizando a equipe multiprofissional para a importância da implementação das ações de notificação.
Nesta sexta-feira (24), o Núcleo promoveu uma reunião para discutir uma proposta de fluxo de atendimento, que inclui a detecção dos casos suspeitos, abordagem ao paciente, registro no prontuário e encaminhamento para a rede de assistência como o Centro de Apoio às Vítimas de Crime em Alagoas (CAV Crime), Conselho Tutelar, Maternidade Santa Mônica e Defensoria Pública.
Segundo Vânia Ticianeli, gerente do Serviço Multiprofissional do HGE, os profissionais de saúde devem ter um olhar diferenciado para os pacientes suspeitos de violência doméstica, sexual e auto-provocada. “Saber para onde encaminhar a vítima é fundamental para evitar constrangimentos e garantir que o paciente será atendido por um serviço específico”, destacou.
Ela acrescentou que os casos de abuso sexual, por exemplo, devem ser encaminhados para a Maternidade Santa Mônica, que dispõe de uma equipe especializada para o atendimento clínico e laboratorial.
De acordo com Sylvana Medeiros, assessora técnica do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, a violência doméstica abrange os maus-tratos e abuso sexual no âmbito familiar contra a criança, adolescente, idoso e a mulher. “A violência doméstica difere das doenças e agravos porque é um evento que só pode ser detectado com uma verificação criteriosa”, informou.
Obrigatoriedade – A portaria 2.472, do Ministério da Saúde, preconiza que a notificação é obrigatória para médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino.
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