Camelôs dão golpe do Tropa de Elite 2

Do Jornal do Commercio

“Vazou Tropa de Elite 2. Somente R$ 2.” A promoção é anunciada em alto e bom som no Centro do Recife. Ambulantes vendem cópias piratas de um dos filmes nacionais mais esperado do ano, uma semana antes da estreia nos cinemas de todo o Brasil. Chegando em casa, no entanto, a surpresa. Os DVDs já comercializados na maioria das bancas de pirata da cidade não contêm o filme. Os ambulantes estão aplicando um golpe: enganam os consumidores e ganham dinheiro.

Das cinco cópias adquiridas pela reportagem ontem, duas tinham gravados apenas o vídeo lembrando que pirataria é crime e as outras três continham outros filmes: Calígula (versão pornô brasileira), Titanic e Planeta Terror. Há camelô garantindo até que o DVD não tem falhas. “Se quiser, eu carimbo. Dando problema, é só voltar para trocar”, afirmou um ambulante, que disse já ter vendido mais de 50 cópias do novo filme do diretor José Padilha.

O JC esteve nas ruas em busca das bancas de mídias falsificadas no mesmo dia em que a Delegacia de Combate à Pirataria realizou operação e fechou dois laboratórios de DVDs e CDs piratas no interior do Estado.

Quando o cliente pede para testar o DVD de Tropa de Elite 2 – muitos têm leitores de mídia na própria banca –, a desculpa está na ponta da língua: “O meu quebrou, não tem como testar. Mas é garantido, pode levar.” Já os camelôs que possuem o aparelho, confirmam o golpe quando são questionados se já dispõem da película.

“Esse Tropa de Elite 2 é enganação. O filme não vazou. Eles estão vendendo só a capa, com outros DVDs dentro. Nem adianta comprar”, disse um dos ambulantes.

Quando foi lançado, em outubro de 2007, a primeira parte do filme Tropa de Elite gerou polêmica. Cópias vazaram da produtora e estima-se que 10 milhões de pessoas tenham assistido à versão pirata, enquanto 2 milhões foram aos cinemas para vê-lo. Na continuação, os cuidados foram redobrados. Apenas o diretor e sua equipe de produção podem ter contato com as imagens.

Além do crime de violação do direito autoral, ambulantes ocupam calçadas, atrapalhando a passagem de pedestres e o tráfego de veículos. Em nota, a Prefeitura do Recife esclarece que “até o final do ano será iniciado o processo de ordenamento do comércio informal, não apenas no centro expandido, como também nos secundários”. Ainda segundo a prefeitura, o projeto teve a participação de representantes de diversos órgãos municipais como Dircon, Emlurb, CTTU e Secretaria de Desenvolvimento Econômico.”

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