Alagoano é preso por engano e fica quase dois anos detido

Arquivo PessoalGivanildo foi preso pelo crime cometido por um homônimo

Givanildo foi preso pelo crime cometido por um homônimo

Após ficar preso injustamente por um ano e 10 meses em regime domiciliar, o alagoano Gilvanildo Rocha dos Santos, 33 anos, irá participar na próxima sexta-feira, 29 de uma acareação na cidade de Paraibuna-SP.

Givanildo é acusado pela justiça paulista de tentar assassinar um homem identificado como Roque Heleno de Oliveira durante um rodeio no dia 16 de agosto de 1998. No entanto, o acusado afirma que nunca esteve em São Paulo.

Em conversa com o Alagoas24Horas, Givanildo contou que o crime cometido por um homônimo lhe rendeu anos de amargura e aflição para toda família.

"O criminoso se chama apenas Givanildo Rocha. Ele também é alagoano e está foragido. A justiça de São Paulo chegou até meu nome através da emissão de cópias da documentação de todos os Givanildos registrados no Estado pelo Instituto de Identificação de Alagoas. Quando os documentos foram apresentados à vítima, ela me indicou como autor do crime. Enquanto as testemunhas do crime não me reconheceram", afirmou Givanildo.

Em sua defesa, Givanildo disse que na época da tentativa de homicídio trabalhava em uma loja de calçados em Alagoas. Ele possui o cartão de ponto que comprova sua presença no trabalho durante o fim de semana em que ocorreu o crime. Além disso, ele tem várias testemunhas e as frequências da escola onde estudava, Colégio de 1º e 2º Graus Professora Mª Petronila de Gouveia , no povoado Massagueira.

"Segundo os autos, o verdadeiro acusado era peão de rodeio e no fim de semana estava em São Paulo para participar do evento. Testemunhas contaram que ele ameaçou a vítima, que seria jurado, para não lhe dar nota baixa. Como o cidadão não cumpriu, no outro dia, ele atirou contra o rapaz. Não tenho nada a ver com isso até porque não participo de rodeios. Outra coisa, não tinha como trabalhar no sábado, ter cometido o crime no domingo e está cedo no trabalho no dia seguinte. Soube ainda que o tal Givanildo foi visto em São Paulo na segunda-feira. Durante a inscrição no rodeio ele apresentou um RG que não coincide com o meu", assegurou Givanildo.

Prisão

Através de um mandado de prisão expedido pela juíza de Paraibuna, Ana de Queiroz Aranha, Givanildo Rocha dos Santos foi preso em 2008 por uma equipe da Delegacia de Marechal Deodoro.

"Estava em casa quando os policiais chegaram e perguntaram o meu nome. Ao responder ‘Givanildo Rocha dos Santos’ fui levado preso. Ainda fiquei 14 dias no Sistema Prisional. Depois ao apresentar as provas, a justiça alagoana determinou que eu ficasse preso em regime domiciliar", contou Givanildo Rocha.

Para conseguir a liberdade, Givanildo passou por uma verdadeira via-crúcis. Ele teve até que vender uma motocicleta, terreno e sua residência. “Quando for comprovada minha inocência irei ingressar com uma ação para pedir indenização, pois tive que vender vários bens para pagar os advogados e provar que não sou culpado. Não é pelo dinheiro, mas pela injustiça que foi cometida”, desabafou.

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