Gazeta Press
Dono de grande experiência e muitos títulos, Luiz Felipe Scolari preferiu não tapar o sol com a peneira ao abordar a surpreendente eliminação do Palmeiras diante do Goiás na semifinal da Copa Sul-americana. O treinador pentacampeão mundial reconheceu a razão da torcida em deixar o Pacaembu revoltada com a virada sofrida pela equipe.
Após o apito derradeiro do paranaense Heber Roberto Lopes, os palmeirenses fizeram o coro de "time sem vergonha". "É um fracasso, um vexame, não vou esconder nada dos torcedores. Foi vergonhoso o que aconteceu", disse Felipão em entrevista coletiva.
O Palmeiras iniciou a partida com um bom ritmo e chegou a abrir o placar através de Luan. No último lance do primeiro tempo, levou, todavia, um gol casual de Carlos Alberto que trouxe grande nervosismo. Na etapa final, o time paulista teve uma postura inexplicável, procurou pouco o ataque e acompanhou o Goiás alcançar a virada com Ernando.
Mesmo com a falta de iniciativa dos atletas, Felipão considerou fundamental assumir a responsabilidade. "Prefiro dizer que a decepção da torcida é comigo, quem deve assumir é o técnico. Eu que pedi o apoio da torcida, fiz a solicitação antes da partida. De forma positiva ou negativa, sou o responsável pelo time chegar aqui. Eles têm razão em ficar chateados, não mais do que eu", afirmou Scolari, que também chegou a ser questionado pelos torcedores por conta de suas alterações – colocou Dinei e Ewerthon nas vagas de Lincoln e Tinga.
Ao analisar os acontecimentos em campo, Felipão verificou uma partida sem o predomínio de um dos lados."O que o Goiás fez no segundo tempo? Quais foram as chances deles? O jogo foi truncado, muito brigado. Tivemos duas chances na marca do pênalti, sozinhos, e desperdiçamos. Erramos mais do que o Goiás. Se aproveitássemos as chances, teríamos abertos 2 a 1 e, no fim, o placar final seria 2 a 2", lastimou.
