Presidente da Comissão Antidrogas diz em AL que combate ao crack é tímido

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Deputado federal descata ineficiência das políticas governamentais

O presidente da Comissão Externa para Analisar Políticas Antidrogas, o deputado federal Vieira da Cunha (PDT/RS) está em Alagoas, juntamente com outros dois membros da comissão, para debater com a sociedade a confecção de um relatório sobre a questão do tráfico de drogas no país. A comissão passará por cinco cidades, Maceió – que foi incluída no roteiro pelo deputado federal Antônio Carlos Chamariz (PTB/AL) – recebe a visita por conta dos números alarmantes, incluindo os homicídios ligados diretamente ao tráfico do crack.

De acordo com o parlamentar, “a política de combate ao tráfico feita pelo Governo Federal ainda é tímida, principalmente depois do debate intenso que se teve nas eleições sobre o assunto”. “Veja bem, o governo reconheceu sua ineficiência quando lançou este programa de combate ao crack, mas mesmo ainda de forma muito ineficiente. Os quadros que temos testemunhados colocam bem isto. Às vezes mais que a ineficiência, o que temos mesmo é a omissão”, destacou Vieira da Cunha, em entrevista ao Alagoas24Horas.

O deputado federal frisa que a comissão já passou pela cidade de Fortaleza, está em Maceió, e parte para Porto Alegre, Guaratinguetá e São Paulo. No dia 15 de dezembro, o relatório será encaminhado para o Executivo e para o próprio parlamento. “Se notarmos que há problemas na legislação, a comissão também pode sugerir um projeto de lei. Este relatório ainda está sendo feito pelo deputado Germano Bonow (DEM/RS) e será debatido na Câmara Federal no próximo dia 15”, colocou ainda o parlamentar.

“É preciso que o governo dê prioridade ao combate ao crime. Além de uma questão de segurança pública, devemos lembrar também que é um caso de saúde pública. Muitos dependentes estão abandonados. Quem tem cumprido o papel do Estado são as comunidades terapêuticas, que muitas vezes assumem o trabalho nesta lacuna e não recebem incentivo algum do governo por isso. Hoje, posso afirmar sem medo de errar que o crack é o principal problema de saúde pública”, destaca.

Vieira da Cunha acredita que o Brasil possui – nos dias atuais – mais de 1 milhão de usuários de crack. “É um número assustador”. Ao analisar a situação da capital alagoana, ele frisa: “em Maceió o quadro é o mesmo que temos visto em outros cantos do país e é de assustar os números de homicídio e de delinqüência ligados ao tráfico de drogas. Estes números só estão aumentando”, salientou. A comissão é formada por sete deputados federais. Dos quais três se encontram em solo alagoano.

Rio de Janeiro

O deputado federal também falou da situação do Rio de Janeiro, que vivencia cenas de uma guerra civil por conta da luta contra o tráfico de drogas. “Lá, o que vimos é um primeiro passo. Foi uma ação necessária para afirmar o Estado Democrático de Direito, que não pode conviver com o tráfico daquela forma como vinha acontecendo. Porém, esperamos que não seja uma ação isolada”.

“No Rio de Janeiro, se acendeu a chama da esperança da sociedade. Não pode parar por aí. Além de ocupar o território que antes era dominado pelo tráfico, é preciso levar ação policial, mas também serviços públicos, como a Educação, por exemplo”, analisou ainda o deputado federal.

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