Começa sexta edição do Projeto Golfinho

Agência AlagoasO projeto Golfinho orienta para o desenvolvimento de princípios de cidadania e cooperação

O projeto Golfinho orienta para o desenvolvimento de princípios de cidadania e cooperação

Começou nesta segunda-feira (10), na praia de Pajuçara, a sexta edição do Projeto Golfinho, espécie de colônia de férias que acontece anulamente no mês de janeiro, através da parceira entre o Corpo de Bombeiros e a empresa Braskem. A ação tem por objetivo a inclusão social e o desenvolvimento das atividades de movimento e aprendizado sobre segurança e civismo.

O projeto é dividido em quatro semanas, nas quais as 500 crianças participantes são distribuídas em pelotões denominados Nemo, composto por crianças com idades entre 8 e 9 anos; Flipper, com crianças de 10 a 11 anos e Cação, cujos integrantes têm entre 12 e 13 anos.

Com muita brincadeira e aulinhas importantes e de fácil assimilação, o Projeto Golfinho é muito bem aceito pelos pais e principalmente pelas crianças; quem participa, geralmente retorna no ano seguinte. Elas identificam nas instruções, situações do cotidiano e, ao verificarem o que os pais fazem de errado em casa, em relação à segurança, passam as informações que receberam e não mais permitem que insistam no erro.

Ícaro Montes, de 9 anos, está pela segunda vez na colônia de férias. Áurea Meire Montes, mãe de Ícaro, teve que mudar a posição da mangueira do botijão depois que o filho explicou o risco que a família corria. “Para economizar espaço, eu utilizava a mangueira passando por trás do fogão. Com apenas oito anos, Ícaro ouviu a informação no projeto, lembrou do que acontecia dentro de casa e soube passar para mim a maneira correta de utilizar a mangueira do botijão”, orgulha-se a obediente mãe.

Este não é um caso isolado. Inúmeros são os relatos de pais cujos filhos utilizam no cotidiano as dicas de segurança que aprendem, além da melhoria no comportamento deles. É o que impulsionam tantas pessoas a procurar o Corpo de Bombeiros para fazer a inscrição de seus filhos no Projeto Golfinho e mesmo após a colônia começar, a busca não para.

Para se ter uma ideia do sucesso do projeto, as 500 vagas ofertadas este ano foram preenchidas em apenas um dia e meio, deixando muita gente triste por não ter conseguido fazer a inscrição.

Iniciante no Projeto, Willian Vítor Tenório, 9 anos, é o terceiro de uma mesma família que vira “golfinho”, denominação dada aos participantes do Projeto. “Minhas duas irmãs já participaram e eu também quis vir. Aqui tem brincadeiras e praia”, empolga-se.
Davi Leandro Leite, aos 13 anos está em sua terceira e última participação no Projeto Golfinho. Em todas, a escolha em participar foi dele. “Gosto de tudo aqui e estou triste porque é meu último ano no Projeto. Com o que aprendi nas instruções de Atendimento Pré-hospitalar, já pude ajudar uma pessoa vítima de acidente”, diz.

O projeto conta com importantes parcerias, como Instituto Salsa de Praia, Criança Segura, Instituto Salve as Praias, Polícia Militar, CRB, além do maior incentivador, que é a Braskem.

A inovação nas instruções deste ano fica por conta do assunto bulling, termo inglês que denomina atos de violência física ou psicológica praticados por pessoas de forma intencional e repetida. O assunto entrou na discussão em função do grande número de ocorrências dessa ação, praticada especialmente entre os adolescentes.

O major Carlos Cauper Nascimento, coordenador do projeto pela primeira vez, diz sentir o frio na barriga digno de iniciantes. “A ansiedade é grande, há uma preocupação para que tudo dê certo e, além disso, para mim, lidar com crianças é uma experiência nova que irá me ajudar até em relação a uma possível paternidade”, afirma o major.

Fonte: Agência Alagoas

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