PMs reivindicam gratificação por apreensão de arma ilegal

Projetos continuam engavetados na Secretaria de Defesa Social (SDS)

Os policiais militares de Alagoas pedem agilidade na análise dos projetos que gratificam policiais por apreensão de armas de fogo e criam a guarda patrimonial de órgãos públicos integrantes dos três poderes. O plano está na Secretaria de Defesa Social desde o ano de 2009 e até o momento continua engavetado.

As gratificações seriam pagas pelo Fundo Especial de Segurança Pública do Estado de Alagoas (Funespal), que recebe – desde março de 2009 – a contribuição mensal de R$ 70 mil do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL). Além disso, mais 30% estão sendo arrecadados do montante de R$25 milhões devidos ao Detran.

De acordo com informações do secretário da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento BM Nelson Menezes, a bonificação se destinaria apenas a apreensão de armas de fogo por policiais em serviço. A intenção é evitar desvios de conduta.

"Não adianta o policial chegar à delegacia com 05 ou 10 armas para ganhar a gratificação. Para ganhar o bônus, ele deverá está de serviço e participar de uma operação, comprovando que fez aquela apreensão de maneira lícita", explica Menezes.

A medida, que já foi implantada em pelo menos seis estados brasileiros, irá diminuir a criminalidade e serve ainda de incentivo para o policial. “As armas tiradas de circulação evitarão a prática de outros crimes, principalmente contra a vida. O Programa Estadual de Incentivo ao Desarmamento deve ser o primeiro passo para reduzir o número de crimes no estado”, esclarece o presidente da ASSMAL, sargento Teobaldo de Almeida.

Com relação à guarda patrimonial de órgãos públicos, a sugestão da entidade é que seja realizada por policiais da reserva remunerada. Com isso, os militares da ativa seriam substituídos pelos da reserva, que ainda receberiam uma gratificação pelo trabalho.

“São centenas de policiais que se aposentaram e que gozam de saúde e disposição física para continuar a exercer funções na área de Segurança. Além do mais, são profissionais preparados para o trabalho e que hoje vivem fazendo "bicos" em empresas privadas ou serviços para terceiros, pela necessidade de complemento da renda familiar. É um absurdo esses projetos de combate a criminalidade estarem engavetados na SDS”, diz o presidente da ASSMAL, sargento Teobaldo de Almeida.

Fonte: ASSMAL

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