Os agentes penitenciários chegaram a anunciar o fim da greve da categoria no final da manhã desta quarta-feira, 26, quando o intendente-geral do Sistema Penitenciário, tenente-coronel Carlos Luna, informou que a bolsa oferecida pelo Governo seria incorporada ao contracheque, em um prazo de 90 dias. A proposta discutida e aceita pela categoria.
No entanto, o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), Alan Leite, conta que a negociação retrocedeu quando uma comissão foi até a Intendência pedir que o coronel assinasse a ata da assembleia e ele teria se recusado.
“Voltamos a estaca zero. O coronel Luna não quis se comprometer com a promessa feita e nós decidimos manter a greve por tempo indeterminado. Como secretário de Defesa Social, coronel Dário César, já tinha dito que o Governo não tem pretensão de nos conceder o aumento, então manteremos o movimento grevista”, disse.
"Só queremos saber de reunião agora quando houver propostas concretas", acrescentou Jarbas de Souza, presidente do Sindapen.
Motim
Enquanto isso mais um presídio registrou motim. Reeducandos do presídio de segurança média Desembargador Luis de Oliveira Souza (PDLOS), em Arapiraca, derrubaram paredes e grades, invadiram o pátio externo e atearam fogo em colchões, causando tumulto dentro dos cinco módulos.
Os presos protestaram contra a suspensão das visitas e corte de benefícios como banho de sol e recebimento de alimentação extra. Depois de algumas horas de inquietação, os agentes conseguiram convencer os presos a acabar com o motim, em troca da liberação de um dia de visitas.
