Médicos realizam 1º implante de ‘ouvido biônico’ de AL

A Santa Casa de Maceió ingressou no seleto grupo de hospitais brasileiros aptos a realizar a moderna técnica conhecida como implante coclear. Um paciente de 63 anos de idade – selecionado e operado pelos otorrinolaringologistas Marcos Melo e Daniel Buarque – foi o primeiro alagoano a receber o popular ouvido biônico.

A intervenção, realizada no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió, contou com a presença do otorrinolaringologista da Unicamp, Artur Castillo, que compartilhou toda sua experiência na área. Também participaram da iniciativa especialistas do Serviço de Otorrinolaringologia da Santa Casa de Maceió.
O implante coclear é um aparelho eletrônico de alta complexidade tecnológica, cujo principal objetivo é restaurar a audição em pacientes portadores de surdez profunda que não se beneficiam do uso de próteses auditivas convencionais.

“Trata-se de um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pacientes com surdez total ou quase total”, explicou Marcos Melo.

O implante estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado e caro, cujo valor gira entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. “Hoje, apenas operadoras de saúde custeiam o procedimento, mas nós já iniciamos o processo para que o SUS passe a cobrir também o implante coclear”, antecipou-se Daniel Buarque.

No caso do paciente operado, foi preciso recorrer ao plano de saúde, já que há cinco anos uma infecção na região do ouvido o fez perder totalmente a audição.

O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Enquanto o AASI apenas amplifica o som, o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, retornando ao usuário a capacidade de perceber o som.

Para indivíduos com perda auditiva congênita (ou seja, desde o nascimento), os resultados são menos animadores, já que são pacientes que não desenvolveram a capacidade de falar na infância.

Fonte: Santa Casa

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