Agente de endemias
Mobilização continua. Figurando entre os 24 municípios alagoanos em situação de risco muito alto de uma epidemia de dengue, o município de Rio Largo foi palco de mais uma ação de combate ao mosquito Aedes Aegypti nesta segunda-feira (07). A ação realizada pelos agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), contou também com a participação da Coordenação de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O trabalho de busca ativa se concentrou nos bairros Centro e Vila Marília, além de atuar na zona rural do município, que somente em 2010, registrou mais de dois mil casos da doença, além de cinco mortes suspeitas. Além da busca ativa pelos nascedouros do mosquito, os agentes aplicaram o inseticida diflubenzuron, que tem o objetivo de acabar com os focos do Aedes Aegypti.
“Estamos reativando as ações nos municípios e Rio Largo necessita de todo o cuidado especial da Sesau. Como apontou o Ministério da Saúde, o risco do município de vivenciar uma epidemia de dengue é alto, por isso, temos que redobrar a atenção e fazer um trabalho educativo forte junto à população”, destacou.
A ação foi acompanhada pelo coordenador de endemias de Rio Largo, Samy Ibrahim, que destacou a parceria entre a SMS e a Sesau, visando evitar que novamente o município registre uma epidemia de dengue. “Já realizamos uma ação no início de janeiro e voltamos a atuar conjuntamente. Nesta segunda-feira, além de visitarmos as residências da zona rural e de dois bairros, também atuamos em pontos estratégicos”, informou.
Pontos estratégicos – Um dos pontos estratégicos visitados pelos agentes de endemias de Rio Largo foi a unidade de reciclagem da Vila Marília. No local foram encontradas garrafas plásticas amontoadas armazenando água limpa, mas o proprietário, Manoel Oliveira, se comprometeu a cobrir o material com uma lona e realizar uma limpeza no local.
“Sei que muitos desses entulhos devem ser retirados daqui e me comprometo a realizar esta ação. Agora, depois de todas as orientações recebidas e da parceria firmada com a Secretaria Municipal de Saúde não se justifica mais colocar em risco a minha saúde e dos meus vizinhos”, disse o empresário riolarguense.
No bairro Centro, os agentes visitaram a residência da aposentada Marlene da Silva, que teve um filho acometido pela doença no ano passado. “Foi muito preocupante ver meu filho com dengue. Cheguei a pensar que ele não iria resistir, mas graça a Deus e aos médicos ele foi internado, tratado e hoje está curado. Depois desse susto redobramos a atenção em nossa casa, além de conversarmos sempre com os vizinhos sobre as medidas de prevenção”, relatou a aposentada.
Prevenção – Para evitar a proliferação do mosquito e ocorrências de dengue, a melhor medida é evitar o acúmulo de água, que é responsável pela reprodução do Aedes aegypti. Os cuidados importantes para combater a proliferação do mosquito da dengue são manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios e não deixar a água da chuva acumulada sobre a laje.
Após a picada do mosquito com o vírus da dengue, os sintomas se manifestam entre o 3º e 15º dia. Entre os sintomas que o paciente apresenta estão: febre alta, dores de cabeça, atrás dos olhos e corpo, perda de paladar e de apetite; moleza; náuseas e vômitos.
