O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, destacou que 75% das irregularidades apontadas pela Corregedoria em relatório aprovado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) envolvendo o Ministério Público de Alagoas já foram sanadas. “Este relatório foi de uma inspeção ocorrida em março de 2010, quando estes pontos foram de fatos encontrados. Mas, várias destas situações já foram resolvidas. Eu encontrei o MP em uma situação de extrema dificuldade e saiu para uma situação de dificuldade”, salientou Tavares, em entrevista ao Alagoas24Horas.
Eduardo Tavares salientou que o relatório retrata um passado do Ministério Público de Alagoas, que já não existe. “Eu vejo o relatório com felicidade, pois ele aponta problemas de ordem estrutural, que inclusive já foram sanados em sua grande maioria. Veja que o relatório em momento algum questiona a conduta de nossos promotores, apontando desvios de caráter, o que mostra que temos uma instituição de credibilidade e séria em Alagoas. Agora, é claro que ainda temos problemas que precisam ser resolvidos e estão sendo”, salientou ainda.
O procurador-geral de Justiça frisou que o relatório – objeto de matéria do Alagoas24Horas, na manhã de hoje, dia 27 – “deveria ter sido aprovado com mais celeridade”. “É uma crítica que faço. Se a inspeção foi em março, ele deveria ter sido aprovado em abril, então de fato mostraria uma realidade que existe. Hoje, nós não temos mais descontrole de diárias, nem problemas com desvio de função. Os promotores do interior que estavam na capital foram devolvidos e nós faremos concurso até o final do ano”, colocou.
Tavares ainda frisou que o MP já retirou da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, inclusive, o projeto de lei que criava novos cargos, atendendo recomendação que se encontra no relatório aprovado pelo CNMP. “Como disse, são coisas do passado, que não existem mais. Hoje, temos cada promotor com seu gabinete, em um prédio que foi alugado. Uma estrutura bem melhor de trabalho. Nós criamos a Ouvidoria, Controladoria e a Promotoria do patrimônio público”, salientou.
“É bom que se frise que os pontos ali do relatório são estruturais. Temos feito muita coisa boa e me orgulha o MP não ter sido citado em questões que coloquem em dúvida a conduta de seus membros. Somos um órgão de qualidade e fizemos milagres em dois anos, tanto que os problemas mais graves foram resolvidos. Ainda temos algumas deficiências estruturais, mas estamos trabalhando para resolvê-las”, colocou ainda.
Eduardo Tavares salientou ainda que encaminhará ofício para o CNMP informando as ações já tomadas de março até agora, com objetivo de resolver os problemas que são citados no relatório. “Tudo isto será informado”, finalizou.
