Deputados criticam governo e denunciam violência

Albuquerque denunciou uma suposta truculência praticada por policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em uma abordagem ocorrida no município de Limoeiro de Anadia.

Vanessa Alencar/Alagoas24horas/ArquivoDeputado Ronaldo Medeiros

Deputado Ronaldo Medeiros

Antes da sessão ser suspensa na tarde de hoje, 29, em razão do falecimento do ex vice-presidente da República José Alencar, alguns deputados usaram a tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para voltar a cobrar providências do Governo do Estado em relação a violência e as negociações com os servidores públicos.

“O vice-governador disse, em entrevista, que não há carência de policiais em Alagoas, e sim má distribuição. Então, que o secretário de Defesa Social distribua esses policiais de forma que a população tenha a segurança desejada”, disse Ronaldo Medeiros (PT), o primeiro a se pronunciar.

Medeiros também criticou a declaração dada à imprensa pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio, de que Alagoas é um estado notoriamente quebrado. A frase do secretário teria sido dita em uma entrevista acerca da Agência de Fomento de Alagoas (Afal) no jornal Gazeta de Alagoas.

“Nós temos de fazer uma agenda positiva, para combater a onda de más notícias e não nos acostumarmos com o péssimo. Afinal, os empresários não vão querer investir em um estado quebrado”.

Medeiros concluiu sua fala informando que protocolou ontem (28) na ALE, um Projeto de Lei para motivar os servidores públicos estaduais. “Pelo projeto, o governo é obrigado a nomear servidores públicos efetivos em 60% dos cargos de chefia de cada órgão”, explicou.

Saúde

Em aparte, o deputado Judson Cabral (PT) falou sobre a paralisação dos servidores da saúde, que hoje invadiram o prédio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). “Independente da disputa sindical, do desencontro, somos solidários à causa dos servidores. Os sindicatos são legítimos, mas a pauta deve ser unificada”, disse o petista, referindo-se a um racha que teria ocorrido no movimento.

Cabral frisou que o débito do atual governo com os servidores públicos, especialmente os da área da saúde, é desde a gestão anterior: “O governo não honrou o acordo feito com os servidores, mas esperamos que agora, com o crescimento da receita, e já que há folga, mesmo diante da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo possa negociar com os servidores da saúde e os demais servidores”.

Truculência

Antes de solicitar a suspensão da sessão – em decorrência do falecimento de José Alencar – o deputado Antônio Albuquerque também repercutiu o tema dos colegas: “O Agreste vive uma insegurança pública generalizada. A situação é tão preocupante que estamos vendo a hora das feiras livres de gados terminarem, porque as pessoas não podem conduzir valores com elas, porque serão vítimas de assaltos”.

Albuquerque também denunciou uma suposta truculência praticada por policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em uma abordagem ocorrida no município de Limoeiro de Anadia, reduto eleitoral do parlamentar.

“O 3º BPM resolveu mostrar que tem polícia na região, mas não abordou um meliante sequer. Só deixou a população e os cidadãos de bem aterrorizados. Homens de família foram revistados na porta de suas casas, tiveram as pernas afastadas aos chutes. Foi uma ação agressiva e pirotécnica”, finalizou.

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