Operação ‘Mascotch’: MPF pede apuração rigorosa para desvios

Em mais uma etapa das investigações sobre o desvio de merenda escolar no interior de Alagoas, o Ministério Público Federal requereu e obteve da 8ª Vara da Justiça Federal, em Arapiraca, os mandados de prisão e busca e apreensão, cumpridos hoje pela manhã em operação desencadeada pela Polícia Federal.

A chamada “Operação Mascoth”, segundo o procurador da República José Godoy, é um desdobramento da “Operação Caeté”, desencadeada ano passado, após o MPF requisitar abertura de inquérito policial para apuração de suspeitas de fraudes em licitações para fornecimento de merenda escolar.

“A atuação firme da PF e o apoio técnico indispensável da Controladoria Geral da União (CGU) e do Fisco estadual foram essenciais nessa fase inicial das investigações”, lembra Godoy.

Para o procurador da República, a apuração rigorosa é essencial para evitar que maus gestores escapem da responsabilização, sobretudo quando se trata de verba destinada à merenda escolar.

“É inadmissível que as crianças, adolescentes e jovens, em inúmeros casos dependentes da merenda como única alimentação, tenham sua nutrição prejudicada por aqueles que tratam a coisa pública como sua propriedade”, afirmou o integrante do MPF, que deve receber, nos próximos dias o relatório do inquérito da PF.

Prisões e apreensões

Nesta etapa da operação, a PF cumpre os 16 mandados de prisão (temporária) e 28 mandados de busca e apreensão nas prefeituras de Girau do Ponciano, Poço das Trincheiras, Estrela de Alagoas, Senador Rui Palmeira, Belo Monte, Limoeiro de Anadia, Lagoa da Canoa, Traipu e Craibas.
Ainda segundo o representante do MPF, uma série de documentos, depoimentos e visitas às escolas públicas que fornecem a merenda confirmam o desvio da verba federal para compra de produtos de uso pessoal, a exemplo de uísque, e até ração para cachorro.

Fonte: Ascom MPF

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