Número de óbitos por superbactéria chega a oito no HU

Flávia Duarte/Alagoas24HorasHospital Universitário

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O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) convocou a imprensa alagoana nesta quarta-feira, 6, para discutir as medidas adotadas para combater a superbactéria, que já provocou a morte de oito pessoas no estado desde janeiro deste ano.

Em meio a discursos de que ‘estariam querendo desqualificar o HU visando à privatização’, os integrantes do sindicato traçaram um panorama preocupante de toda a rede hospitalar de Alagoas, seja pública ou privada. Segundo o sindicato, o procedimento de controle hospitalar em toda a rede é inadequado, o que propicia o surgimento e disseminação da superbactéria.

Ainda segundo o Sintufal, atualmente existem quatro profissionais de saúde infectados com a superbactéria. Contudo, nem os nomes nem as lotações dos profissionais foram divulgados. Os integrantes do sindicato foram enfáticos ao afirmar que medidas urgentes precisam ser adotadas, sobretudo no que diz respeito ao material do trabalhador. “Faltam equipamentos de segurança do trabalhador como capote, máscaras, gorro, luvas e óculos”, destacou um dos sindicalistas.

Os integrantes do sindicato, Moisés Ferreira, Samuel Correia e Aparecida Ferreira, também destacaram que a preocupação não se resume apenas aos pacientes do Hospital Universitário, e sim a todas unidades hospitalares, uma vez que dos oito pacientes que vieram a óbito, cinco seriam oriundos de hospitais particulares.

O diretor-técnico do Hospital Universitário, Arnaldo Fontan, também conversou com a imprensa e disse desconhecer profissionais da saúde contaminados com a superbactéria. Fontan também atualizou os números com relação à superbactéria no Estado.

Segundo o especialista, oito óbitos foram confirmados e dez pessoas estariam infectadas com a superbactéria, três delas já teriam recebido alta hospitalar e sete continuam internadas no Hospital Universitário, sem – contudo – correr risco de morte.

O médico destacou, ainda, que o índice de infecção hospitalar é aceitável até o patamar de 6%, e que o Hospital Universitário apresentaria índice de 3,5%. Entre os pontos ressaltados pelo especialista está a questão do contágio. Segundo ele, a superbactéria é disseminada pelo contato e que medidas simples como lavar as mãos reduziriam o índice de contaminação a patamares aceitáveis.

Alberto Fontam informou, ainda, que a maternidade e a UTI neonatal do Hospital Universitário prosseguem fechadas. Uma nova reunião envolvendo Ministério Público, Secretaria de Estado da Saúde, Vigilância Sanitária e gestores acontece nesta manhã para definir medidas que serão adotadas na rede hospitalar.

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