HGE aumenta prevenção de acidentes com perfuro-cortantes

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Os profissionais de saúde e estudantes que são vítimas de acidentes de trabalho com perfuro-cortantes (seringa, agulha, ampola) têm de 6% a 30% de chances de transmissão de hepatite B, doença infecciosa e sexualmente transmissível que provoca inflamação no fígado. Os acidentes de trabalho nos serviços de saúde também podem ser responsáveis pela transmissão de hepatite C, AIDS e outras 60 patologias provocadas por vírus, bactérias, parasitas e fungos.

Para conscientizar os profissionais do Hospital Geral do Estado (HGE) sobre a importância da prevenção e notificação dos acidentes de trabalho, a Seção de Saúde Ocupacional promoveu nesta semana uma palestra sobre o descarte correto de perfuro-cortantes. A apresentação do tema foi destinada à equipe de enfermagem, que lidera a lista dos profissionais mais vulneráveis aos acidentes.

De acordo com Janicleide Duarte, enfermeira do trabalho da Seção de Saúde Ocupacional, em 2010 foram registrados 81 casos de acidentes em decorrência de perfuro-cortantes, representando 65% de todas as notificações de acidentes de trabalho no hospital. “Esse número é considerado alto, mas ainda não reflete a realidade dos HGE devido às subnotificações. Muitos servidores e estudantes ainda deixam de informar os acidentes na Saúde Ocupacional”, informou.

A incidência de acidentes neste ano subiu em relação a 2009, quando foram registrados 68 casos. “Cerca de 90% das notificações são obtidas por meio da busca de ocorrências no Hospital Escola Hélvio Auto dos pacientes provenientes do HGE. O que ocorre é que os servidores vão direto ao Hélvio Auto e deixam de seguir a rotina para acidentes de trabalho implantada no Hospital Geral”, explicou.

Protocolo – A conduta que os profissionais acidentados devem seguir inicia-se com a lavagem do local exposto com água e sabão e no caso das mucosas somente com água e solução fisiológica. Em seguida, eles precisam dirigir-se ao atendimento médico do HGE (fazendo a ficha de registro), onde será atendido por um clínico geral e solicitados exames tanto para o acidentado como para o paciente fonte (paciente com o qual o servidor se acidentou).

Também deve ser feita coleta de sangue do paciente fonte no local (HGE), com autorização do mesmo ou de familiares. Já a coleta de sangue do servidor acidentado deverá ocorrer exclusivamente no laboratório do Hospital Hélvio Auto. Depois das providências quanto ao atendimento, o servidor deve procurar a Seção de Saúde Ocupacional do HGE e informar o acidente.

“O ideal é que essa notificação seja feita nas primeiras 24h após o acidente e em casos de feriado ou fim de semana pode ser realizada no primeiro dia útil”, lembrou Janicleide Duarte.

Ocorrências – Segundo o Sistema de Vigilância de Acidentes de Trabalho com material biológico em serviços de saúde brasileiros (PSBio), os acidentes de trabalho com perfuro-cortantes ocorrem durante a manipulação da agulha no paciente (27%), no descarte do perfuro-cortante (13%), em colisão com outro trabalhador (10%), descarte inadequado (9%), entre outras situações.

“É importante salientar que a prevenção dos acidentes do trabalho deve ser uma rotina diária e precisa da colaboração de cada trabalhador. Nosso objetivo é diminuir o índice de casos, mas só vamos atingir essa meta se servidores e estudantes tiverem a consciência do perigo de contaminação na realização dos procedimentos e agirem de forma segura”, destacou a enfermeira Andréa Teodozio, coordenadora do Programa Educação Permanente do HGE.

Fonte: Ascom Sesau

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