Caso Grilo: Isnaldo Bulhões critica soltura de acusado

O deputado Isnaldo Bulhões (PDT) lamentou a decisão do TJ e se mostrou preocupado com o que ele chama de insegurança jurídica.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasDeputado Isnaldo Bulhões Júnior

Deputado Isnaldo Bulhões Júnior

A notícia do habeas corpus concedido pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) ao empresário Fernando Medeiros, acusado de ser o autor intelectual da morte do também empresário Jair Gomes de Oliveira, conhecido como Grilo, repercutiu na sessão desta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

O deputado Isnaldo Bulhões (PDT) lamentou a decisão do TJ e se mostrou preocupado com o que ele chama de insegurança jurídica. Isso porque a defesa de Fernando Medeiros argumentou junto à Justiça que o pedido de prisão não competia aos juízes da 17ª Vara Criminal, mas à Comarca de Palmeira dos Índios, o que teria resultado no deferimento do habeas corpus.
O deputado acredita que é confuso entender porque alguns casos competem à 17ª Vara e outros não. “Ou a 17ª Vara pode mandar prender ou não pode”, criticou.

Bulhões disse que Fernando Medeiros é um indivíduo de alta periculosidade e foi além: “É um absurdo um bandido desses ser libertado”, afirmou em entrevista à imprensa.

O parlamentar disse que lamentava o fato não apenas porque era amigo da vítima, mas pela insegurança jurídica que a decisão do TJ provocava. Ele afirmou também que Medeiros possui ligações políticas fortes no Estado e que está sendo acobertado por uma família tradicional de Palmeira dos Índios. O deputado não quis citar nomes, nem entrou em detalhes sobre o assunto.

“Espero que os que julgaram tenham convicção do que fizeram porque, com essa decisão, a impunidade voltará a imperar”, finalizou.

Caso Grilo

Fernando Medeiros, que é marido da vice-prefeita de Palmeira dos Índios, foi preso em fevereiro deste ano, em Juazeiro do Norte, no Ceará, por agentes do Núcleo de Inteligência da Secretaria de Defesa Social, comandados pelo delegado Rodrigo Sarmento.

Grilo foi morto a tiros, no dia 22 de novembro de 2010, quando saía do ginásio de esportes do Colégio Cristo Redentor, em Palmeira dos Índios. A prisão de Fernando Medeiros havia sido decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com o delegado Kelman Vieira, que presidiu o inquérito, o assassinato teria sido motivado após uma discussão entre Fernando Medeiros e Grilo, onde os dois entraram em vias de fato.

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