Especialista diz que infecção por bactéria tem tratamento

AssessoriaCássia Sales

Cássia Sales

A bactéria Acinetobacter baumannii não é tão letal quanto muitos acreditam. A afirmação é da técnica da Vigilância Sanitária Estadual Cássia Sales. Segundo ela, pacientes que foram infectados recentemente em unidades de saúde, como o Hospital Geral, conseguiram se recuperar e receberam alta médica. O resultado é consequência das estratégias usadas atualmente para controle e tratamento da bactéria multirresistente. Na grande maioria dos casos, os pacientes infectados são recém-nascidos ou idosos com baixa imunidade, o que contribui para complicações.

Nas últimas décadas, conforme dados de médicos do Institute of Biomedical Scienses, em Atenas, na Grécia, houve um crescimento no registro de incidências de infecções causadas pela Acinetobacter. Esse aumento pode ter ocorrido em função da elevação na proporção da população suscetível, como resultado dos avanços no suporte médico a pacientes graves e instáveis. E, ainda, devido à bactéria ter reagido aos antibióticos.

Segundo a técnica da Vigilância Sanitária Estadual Cássia Sales, as infecções com a bactéria ocorrem com mais frequência em pacientes graves hospitalizados, principalmente aqueles com idade avançada, doenças de base grave, imunossupressão, traumatismo importante ou queimaduras. Outros fatores de risco são os procedimentos invasivos, ventilação mecânica, hospitalização prolongada e administração prévia de antibióticos.

De acordo com Cássia Sales, a bactéria multirresistente é antiga e está presente nos hospitais, mas ao longo dos anos devido ao uso indiscriminado de antibióticos foi se tornando resistente. Ela lembrou que existe tratamento para os pacientes que contraíram a infecção, exceto quando o doente é portador de uma doença grave, a exemplo de um acidente vascular cerebral em uma pessoa com mais de 80 anos. Segundo a especialista, muitos dos que morreram recentemente após contrair a bactéria, a exemplo dos recém-nascidos, não tinham condições de sobreviver, porque nasceram com a saúde comprometida, com problemas graves no fígado ou hidrocefalia, entre outras.

Atualmente estão internados no HGE sete pacientes que contraíram a Acinetobacter baumannii. O resultado da cultura feito em material colhido nos que ainda se encontram internos deu negativo, mas eles continuam no isolamento, porque estão em tratamento da enfermidade com que deram entrada na unidade hospitalar e porque a colonização permanece por até dois anos, portanto, não podem ter contato com os demais pacientes. Uma jovem que estava internada no HGE e foi transferida para o Hospital Universitário recentemente foi liberada da Unidade de Tratamento Intensivo e se encontra em uma enfermaria.

Fonte: Agência Alagoas

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