O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) confirmou em pronunciamento na manhã desta quarta-feira, dia 18, no Palácio República dos Palmares, o aumento da proposta de reajuste salarial dos 5,91% já anunciados, para 7%. O reajuste seria aplicado conforme o índice anterior, em duas parcelas.
Vilela disse que o reajuste de 7% coloca o governo no limite da responsabilidade fiscal e considera desde já a expectativa de aumento da receita. “Este é um risco assumido pelo governo para aplicar um índice maior aos servidores”.
O chefe do executivo estadual destacou que Alagoas tem avanços, com as contas ajustadas, repasses de duodécimos em dia, além de salários pagos praticamente no mês trabalhado. Conforme Vilela, atualmente, 70% dos servidores públicos recebem dentro do mês. “Alagoas está ajustado, mas continua pobre”, definiu. As declarações do governador conferem com os dados apresentado pelo IBGE, que apontam o estado como um dos três mais pobres do país.
Vilela destacou a importância da política salarial anunciada pelo seu governo. “Sempre estivemos abertos ao diálogo, mas o que não posso é fugir da responsabilidade de governar para 3 milhões de alagoanos. Não podemos governar apenas para quem faz protesto ou para servidor público, embora reconheçamos a importância deles”, avaliou.
E complementou, “todo governador gostaria de conceder reajuste maior aos servidores, só não dá quem for sádico ou masoquista e isso eu não sou. Quando houver crescimento, rediscutiremos a política”, defendeu Vilela.
Vilela adiantou, ainda, que espera uma resposta dos líderes sindicais até o dia 30, caso contrário, irá implantar o reajuste de 5,91% conforme já havia sido anunciado. “Não dá para esperar indefinidamente. Greve não é férias, quem faz tem que arcar com as consequências, não pode o povo alagoano pagar pelo ócio”.
O reajuste de 7%, caso aceito pelas categorias, deverá representar um incremento de R$ 10,7 milhões/mês, elevando a folha dos servidores para 174 milhões.
