Colesterol pode causar doenças cardiovasculares

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Colesterol em excesso pode causar doenças cardiovasculares

Dieta rica em gorduras saturadas, sedentarismo e hereditariedade estão entre os fatores de risco para elevação do nível de colesterol LDL, também chamado de colesterol ruim. O que poucos sabem é que em excesso, esse colesterol pode aumentar as chances de ocorrência de doenças cardiovasculares graves como infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo Bleny Silva, médica cardiologista do Hospital Geral do Estado (HGE), as doenças pelo excesso de colesterol são causadas pela obstrução de vasos sanguíneos por placas de gordura. O infarto do miocárdio e o AVC ocorrem quando essa obstrução atinge os vasos que nutrem o coração e o cérebro. “Além dos fatores já citados, também há outras causas para o aumento do colesterol e estão relacionadas ao uso de certas medicações e algumas doenças crônicas como diabetes e hipotireoidismo”, informou.

O colesterol é uma substância gordurosa encontrada na carne de animais e seus derivados e também produzida no organismo pelo fígado. Os dois componentes mais importantes do colesterol são chamados LDL (lipoproteína de baixa intensidade) e o HDL (lipoproteína de alta intensidade), conhecido como o bom colesterol. O colesterol está presente também em frutos do mar, gema do ovo, leite e seus derivados (manteiga, iogurte, coalhada, queijos amarelos, creme de leite, chantilly).

De acordo com a cardiologista Bleny Silva, a melhor forma de prevenção do colesterol é manter uma alimentação saudável, prática de atividade física e visita médica regular para avaliação e realização de exames.

“Para a manutenção da qualidade de vida é importante uma dieta rica em frutas e verduras e pobre em gordura de origem animal. Essa recomendação também se aplica para as crianças, principalmente as com excesso de peso, com fator de risco familiar e portadoras de doenças crônicas”, salientou.

Exames periódicos – O acompanhamento do nível de colesterol é realizado por meio de exames de sangue e a periodicidade vai depender do perigo que seu aumento representa para cada pessoa. “Por isso, separamos os pacientes em grupos de baixo, médio ou alto risco. Por exemplo: se o paciente já apresentou uma complicação decorrente de obstrução de vasos sanguíneos por placas de gordura, o seguimento será obrigatoriamente mais rígido, com intervalos mais curtos entre os exames e o nível do colesterol deve ser o mais baixo possível”, explicou.

Para o paciente que apresenta risco baixo para doença cardiovascular, o desejável é que o colesterol LDL esteja inferior a 160 mg/dl. Aqueles que têm risco intermediário, recomenda-se uma taxa inferior a 130 mg/dl e nos de alto risco o ideal é que o LDL esteja inferior a 100 mg/dl.

A repetição dos exames deve ser feita em três, seis ou doze meses, dependendo do tipo de risco para doença cardiovascular. Os exames são realizados através de uma coleta simples de sangue, devendo-se respeitar um jejum de 12h a 14h.

A médica esclareceu que o estado emocional (estresse, depressão) pode contribuir, indiretamente, para elevação das taxas de colesterol. “Muitos pacientes chegam ao consultório com esse questionamento. Se uma pessoa está estressada ou deprimida e por conta disso aumenta a ingestão de gorduras saturadas ou diminui sua atividade física, isso vai ajudar sim para o aumento do colesterol”, reforçou Bleny Silva.

O tratamento das pessoas que apresentam altos níveis de colesterol inclui dieta, atividade física e nos casos mais severos, medicamentos. “É bom frisar que esses medicamentos só podem ser tomados com prescrição médica. Só o médico pode avaliar o risco para doença cardiovascular que cada paciente possui e com base nisso, definir a melhor combinação de tratamento para cada caso”.

Fonte: Ascom/Sesau

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