Albuquerque e Nezinho discutem por vaga na CCJ

uerque substituirá Nezinho na CCJ. Decisão acabou causando um mal-estar entre os deputados e uma discussão acalorada.

Vanessa Alencar/Alagoas24horasDisputa por vagas nas comissões dominou debate na ALE

Disputa por vagas nas comissões dominou debate na ALE

O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), deputado Fernando Toledo (PSDB) informou na sessão desta terça-feira, 24, que irá publicar a substituição do deputado Ricardo Nezinho (PTdoB) pelo deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A decisão acabou causando um mal-estar e uma discussão acalorada entre os deputados.

Nezinho pediu a palavra para expressar sua insatisfação. Ele disse que entendia, conforme o regimento interno, que Albuquerque – que é líder do partido na Casa – poderia substituir seu nome na CCJ, mas não concordava com a decisão.

“A decisão é regimental, é legal, mas não é democrática. Estou muito triste com o líder do meu partido pela retirada do meu nome. Quero registrar minha insatisfação”, disse Nezinho, lembrando que ele e Albuquerque integravam, cada um, duas comissões na Casa. Com a mudança, o líder do partido passará a fazer parte de três, e Nezinho, de apenas uma.

A resposta veio logo depois. Albuquerque disse que não gostaria de entrar em minúcias sobre a decisão, mas acabou respondendo ao descontentamento de Nezinho. O parlamentar lembrou que Ricardo Nezinho presidiu a CCJ durante quatro anos e que, em um determinado momento, tentou fazer parte da Comissão, mas não obteve êxito.

O deputado se referiu ao período em que retornou a ALE – após afastamento pela Justiça em função da Operação Taturana – e ninguém cedeu lugar nas comissões que já estavam formadas na Casa.

“Encaminhei à época um requerimento, mas não fui atendido. Nem por isso criei problemas de convivência até hoje. O deputado precisa entender a alternância. A CCJ precisa estar oxigenada”, retrucou.

Albuquerque disse ainda que a intenção de Nezinho era presidir a CCJ por mais dois anos, mas acabou perdendo a vaga para o deputado Joãozinho Pereira (PSDB). "Houve um mal-estar entre os parlamentares, divulgado pela imprensa, e tentei evitar possíveis conflitos sugerindo uma permuta com Nezinho para a Comissão de Orçamento, mas ele não me deu atenção. Fiquei triste porque queria apenas atenção. Só consegui quando pedi a substiuição”, disse o líder do PTdoB.

“Lamento tudo isso e espero mais humildade, que não faz mal a ninguém. A gente não pode fazer as coisas ao sabor da vaidade. Minha decisão já foi tomada”, finalizou Antônio Albuquerque.

O deputado Judson Cabral aproveitou a discussão sobre o assunto para voltar a cobrar da Mesa Diretora reavaliação das comissões formadas, já que, segundo ele, alguns partidos estão sendo privilegiados em detrimento de outros, no que diz respeito à distribuição partidária.

Antes de encerrar a discussão, Ricardo Nezinho pediu a palavra novamente para anunciar que, a partir de hoje, não aceitará mais a liderança de Albuquerque na Casa e que amanhã oficializará sua decisão. Depois disso, o deputado se retirou do plenário.

Para Albuquerque, a atitude do parlamentar demonstra falta de humildade. “Estou muito triste que Nezinho, que era um homem tão pacato, tenha se tornado tão arrogante. Quando ele nasceu a humildade estava de férias”, disse, acrescentando: “A liderança é uma questão regimental. É democrático e elegante obedecer isso. Não sei porque tanta cobiça à CCJ”, completou.

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