Alex Francisco da Silva
O produtor artístico Alex Francisco da Silva, de 37 anos, acusado de estelionato contra mulheres em Sergipe, Bahia, Alagoas e Piauí, foi apresentado na manhã desta terça-feira, 31, pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, em Aracaju.
O acusado, também conhecido como Léo Moral, foi preso por policiais sergipanos no sábado, 28, na cidade de Chã Preta/AL. A polícia chegou ao acusado após a acusação de uma ex-namorada.
Para o esquema de fraude, Alex utilizava os documentos da vítima para abrir contas em diversos bancos, adquirindo dívidas superiores a R$30 mil. Ele comprou pelo menos cinco carros, caminhonetes e aparelhos eletrodomésticos em nome da mulher.
"A partir do momento em que os credores passaram a cobrar as dívidas, Léo Moral fugiu para o estado de Alagoas e, a partir de então, iniciou uma série de ameaças em desfavor da mulher, o que acarretou com a ida da vítima à Delegacia Especializada da Mulher, no DAGV. Instauramos então Inquérito Policial para realizar a apuração dos fatos", explicou Thaís Santiago, delegada e diretora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).
Durante as investigações, os policiais contaram que o infrator havia praticado vários golpes em Sergipe, Bahia, Piauí e Alagoas. Contra o acusado pesa oito mandados de prisão por golpes e ameaça contra ex-namoradas.
Golpes
Em depoimento, o acusado confessou o crime e contou que conquistava a confiança das vítimas e quando estava em posse dos documentos aplicava os golpes.
"Ele relatou que escolhia as mulheres que se mostravam mais carentes e desprotegidas para praticar suas condutas delitivas, o que foi confirmado durante as investigações. Além disso, ele adulterou a carteira de identidade de seu irmão, Clóvis Francisco da Silva, aplicando sua fotografia por cima do documento e fez-se passar por ele. Ele também vendeu um carro de terceiro à tia da garota, causando-lhe um prejuízo de R$ 50 mil", acrescentou a delegada Suirá Paim, responsável pelo caso.
Em conversa, Alex Francisco informou que era empresário de duas bandas de forró em Alagoas e produtor de shows de bandas famosas de forró.
"Quando era conduzido para Aracaju, o preso ofereceu R$ 30 mil aos policiais para não ser preso, o que foi negado. Ele ainda revelou que conseguiu ser libertado anteriormente em outro estado. Ele elogiou o trabalho da Polícia Civil de Sergipe e ressaltou que circula por todo país, mas que em Sergipe tem restrição pelo temor de ser preso", lembrou a delegada Thaís.
