Santos tenta limar Cerro para ir à final da Libertadores

Ricardo Saibun / Site Oficial do SantosNeymar lidera o Peixe na busca por vaga na final

Neymar lidera o Peixe na busca por vaga na final

Um time formado por jovens, com média de idade de 24 anos, mas que está acostumado à pressão de um mata-mata. É esse o Santos que encara o Colo Colo-PAR, nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no estádio Pablo Rojas, em Assunção, buscando uma vaga na final da Taça Libertadores.

Para ter o direito de disputar a decisão, o Peixe precisa manter o bom desempenho que vem demonstrando até o momento em jogos decisivos. Como venceu o jogo de ida, quarta passada, no Pacaembu, por 1 a 0, o Alvinegro Praiano joga por um empate. Se os paraguaios devolverem o 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. O time da Vila Belmiro pode até avançar perdendo por um gol, desde que marque.

Bicampeão paulista e vencedor da Copa do Brasil do ano passado, o time atual começou a ser formado no fim de 2009, depois da saída de Vanderlei Luxemburgo. Neymar passou a ser titular absoluto (com Luxa era reserva) e o Peixe decolou. De lá para cá, o Alvinegro Praiano disputou mata-mata em dois Campeonatos Paulistas (2010 e 2011), e na Copa do Brasil de 2010. Atualmente está na semifinal da Libertadores. Até o momento, o time tem se mostrado quase infalível. O único torneio eliminatório que perdeu nesse período foi a Copa Sul-Americana do ano passado. O clube relegou a competição a segundo plano e a disputou com um time misto – foi eliminado pelo Avaí ainda na primeira rodada.

No Paulistão 2010, passou por São Paulo, nas semifinais, e venceu o Santo André na decisão. Na Copa do Brasil, driblou pedreiras como o Atlético-MG, nas quartas, e o Grêmio, nas semi. Na final, derrubou o Vitória, conquistando o título no Barradão. Já no estadual deste ano, eliminou a Ponte Preta, nas quartas, o São Paulo, nas semi, e o Corinthians, na final. Nesta Libertadores, passou pelo América-MEX, nas oitavas, e pelo Once Caldas-COL, nas quartas. Será o Cerro capaz de interromper essa sequência? Será que o técnico Muricy Ramalho, que costuma ser perseguido pela pecha de fracassar na competição continental, conseguirá, enfim, calar os críticos? O treinador disputou a competição cinco vezes (está em sua sexta participação). O máximo que conseguiu foi o vice-campeonato de 2006, com o São Paulo.

O colombiano Wilmar Roldán apita a partida, auxiliado por seus compatriotas Abraham González e Eduardo Diaz.

Em jogo
Cerro Porteño: semifinalista da competição em cinco ocasiões, a equipe azulgrana tenta chegar à decisão pela primeira vez em sua história. Seria uma forma de amenizar o sarro dos torcedores do Olímpia. O principal rival do Cerro já venceu três Libertadores (1979, 1990 e 2002) e um Mundial Interclubes (1979).

Santos: tenta voltar a uma final de Taça Libertadores após oito anos. Em 2003, passou pelo Independiente Medellín-COL, nas semifinais, mas parou no Boca Juniors, de Tevez, na decisão. Agora, uma nova geração de Meninos da Vila, liderada por Neymar, quer ir além.

Escalações
Cerro Porteño: o volante Villareal deixou o treinamento da última terça-feira mancando e ainda não tem escalação confirmada. Burgos está de sobreaviso. É o único problema do técnico Astrada, que tem todos os jogadores à disposição. A escalação provável: Barreto, Piris, Uglesich, Pedro Benítez e César Benítez; Cáceres, Júlio dos Santos, Burgos e Ivan Torres; Fabbro e Bareiro (Nanni).

Santos: mais uma vez, não terá Paulo Henrique Ganso, que comandou a vitória santista sobre o Cerro, por 2 a 1, em Assunção, pela penúltima rodada da fase de grupos da Taça Libertadores 2011. Na ocasião, o Peixe, que precisava da vitória para se manter vivo na competição, jogou sem Neymar, Elano e Zé Eduardo. Suspenso, Ganso jogou por todos. Com estiramento na coxa direita, o maestro alvinegro dá lugar a Elano, que, como no primeiro jogo das semifinais, atuará mais adiantado. O lateral-esquerdo Léo, com uma lesão no tornozelo direito, não viajou para o Paraguai. Será substituído por Alex Sandro. Já o lateral-direito Jonathan, recuperado de lesão muscular na coxa direita, volta ao time. A escalação: Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano; Neymar e Zé Eduardo.

Fique de olho
Cerro Porteño: o meia Jonathan Fabbro, que passou pelo Atlético-MG, é o principal articulador de jogadas da equipe paraguaia. Habilidoso, prende muito bem a bola e costuma acertar bons passes. Deu trabalho no jogo de ida, no Pacaembu.

Santos: Neymar não é só o melhor jogador do Peixe. É a grande esperança da Seleção Brasileira, que se prepara para a Copa América. Habilidoso e artilheiro, é o centro das atenções do Santos. Na quarta-feira passada, foi brilhante, armando uma grande jogada para o gol santista, marcado por Edu Dracena.

Curiosidades
* Este será o sexto jogo entre Santos e Cerro Porteño na história da Taça Libertadores. São duas vitórias santistas e dois empates. Um desses triunfos, no dia 28 de fevereiro de 1962, é histórico. Nesse dia, na Vila Belmiro, o Peixe venceu por 9 a 1. Até hoje, é a maior goleada da competição.

* O Cerro Porteño disputou a semifinal da Taça Libertadores em 1973, 78, 93, 98 e 99. Nunca conseguiu ir além. Já o Santos foi semifinalista em 62, 63, 64 (entrou direto nas semi), 65, 2003 e 2007. Em 62, 63 e 2003 avançou à final.

* A última vez que uma das semifinais da Libertadores teve um confronto entre brasileiros e paraguaios foi em 2006, quando o Internacional eliminou o Libertad após um empate sem gols em Assunção e uma vitória por 2 a 0 em Porto Alegre.

Fonte: Globoesporte.com

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