Roteiro: proliferação de caramujo preocupa a Sesau

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Preocupados com a grande incidência do caramujo Achatina Fulica em Roteiro, que segundo moradores eles estariam destruindo árvores frutíferas, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizaram uma busca ativa no município. A ação ocorreu nesta terça-feira (31) e contou com a participação de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e alunos da rede municipal de ensino.

Eles percorreram as residências da zona urbana e recolheram os caramujos, que foram levados para um terreno baldio e incinerados. Isso porque, segundo a técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental, Tereza Faria, não basta apenas matar a lesma do caracol, já que o casco pode servir para que o mosquito da Dengue se prolifere e uma substância que ele possui acaba contaminando o lençol freático.

“Como o casco do caramujo acaba juntando água, ele serve de reservatório para que o Aedes Aegypti deposite seus ovos, que vão eclodir e virar larvas. Por isso, incinerando o caramujo, evitamos o surgimento de dois problemas”, explicou a Tereza Faria, ao informar que o Achatina Fulica chegou ao Brasil em 1980, com o objetivo de substituir o “escargot”, utilizado para a alimentação exótica em restaurantes.

No entanto, ainda de acordo com ela, a preocupação com o molusco se deve ao fato de que ele pode transmitir dois vermes prejudiciais à saúde humana. “O Angiostrongylus costaricensis, desencadeia a angiostrongilíase abdominal, que pode causar a perfuração intestinal, peritonite e hemorragia, além do Agiostronglus cantonesis, causador da agiostrongilíase meningoencefálica humana, que entre outros sintomas, provoca constantes dores de cabeça”, informou.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental de Roteiro, nenhum caso de doença causada pelo caramujo Achatina Fulica teria sido registrado em Roteiro. “No entanto, como há registros que mostram o desencadeamento de doenças, realizamos uma ação preventiva, que teve o propósito de evitar o surgimento da angiostrongilíase abdominal e agiostrongilíase meningoencefálica, além da Dengue”, destacou.

Dengue – Quanto à ação contra a Dengue, também foi realizada busca ativa nas residências do município, onde foi realizada detecção dos focos do mosquito Aedes Aegypti. Para isso, os agentes de endemias recolheram entulhos, pneus, latas e garrafas espalhadas pelos quintais e terrenos baldios.

Eles também distribuíram material educativo sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar a doença. “O município registrou apenas oito casos de Dengue este ano, segundo mostrou o último boletim epidemiológico divulgado pela Sesau, mas temos que investir na prevenção, até porque as mortes registradas até agora ocorreram em municípios que não estão vivenciando situação epidêmica”, frisou o secretário adjunto de saúde de Roteiro Marcos Remígio.

Fonte: Ascom Sesau

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