Morte de jovem piora crise nas unidades de internação

Uma rebelião na Unidade de Internação Masculina- que abriga menores infratores- deixou um adolescente de 17 anos morto e outro ferido no joelho. Ele está internado no Hospital Geral do Estado, em Maceió, em observação.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Crise e do Batalhão de Operações Especiais Bope), foi necessário invadir a unidade para conter a agitação dos menores. A polícia não admite ter atirado no jovem.

Esta semana, a crise nas unidades de internação de menores piorou depois que 25 monitores fora demitidos, acusados de maus-tratos.

Um relatório sobre a situação das unidades, encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça, pelo juiz Fernando Tourinho, mostra que os adolescentes dormem na pedra fria, sem colchões e as fossas da unidade estão estouradas.

"O Estado perdeu o controle da unidade. E como fica isso? Precisamos disciplinar essa situação", disse o juiz Tourinho.

A fossa, por trás dos alojamentos, está quebrada; a cozinha está depredada; não há atendimento médico, psicológico, odontológico.

Os jovens não têm atividades físicas.

"Para mim, estes jovens podem ser recuperados, mas estão sendo tratados como animais. Isso me preocupa. Eles vão estar nas ruas aos 21 anos e como vai ser? Vão voltar piores?", perguntou o magistrado.

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