Crise na perícia: Conselho divulga nota de repúdio contra coronel

Ascom PMAL/ArquivoCoronel Roberto Liberato

Coronel Roberto Liberato

Integrantes do Conselho nacional de dirigentes dos órgãos periciais reunidos na manhã desta segunda-feira, dia 6, em um hotel da capital alagoana, divulgaram nota de repúdio pela nomeação do coronel Roberto Liberato para a Direção da Perícia Oficial do Estado.

O imbróglio entre peritos e a Secretaria de Defesa Social (SEDS) teve início no final de maio, quando o secretário Dário Cesar anunciou a nomeação de Liberato em substituição à perita Ana Márcia Nunes, que foi compreendida pela categoria de peritos oficiais do Estado como ‘ingerência’.

Os peritos conseguiram, inclusive, o apoio do Conselho Estadual de Segurança Pública, que defendeu a revisão da nomeação de Liberato para o órgão. Para tentar ‘amainar’ a revolta dos peritos, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) alterou a Lei Delegada e modificou o status do órgão, mudando-o de Perícia Oficial do Estado para Direção da Perícia Oficial do Estado.

Apesar da alteração, os peritos apontam para a irregularidade da nomeação do militar, que adotou postura silenciosa desde que chegou ao órgão. Na reunião desta segunda-feira, o representante da associação, Iremar Paulino da Silva, anunciou a nota de repúdio e invocou o patrimônio político do governador do estado.

Segundo o representante dos peritos, Vilela foi ‘induzido’ a um ato ditatorial, ignorando a legislação que rege a categoria, que prevê a nomeação de peritos oficiais de carreira para esses postos. A carta de repúdio deverá ser divulgada em todos os órgãos da federação.

Ainda durante o evento, a diretora do Instituto de Criminalística, Rosana Coutinho, disse que embora seu pedido de exoneração não tenha sido publicado no Diário Oficial do Estado, ela recusou o cargo. Segundo a perita, ela teria enfrentado dificuldade para encontrar o coronel Liberato no órgão.

Durante a reunião serão estabelecidas as diretrizes do movimento no Estado, que não descartam a paralisação de todos os serviços, além de ação civil pública contra o Governo. Os representantes das perícias deverão, ainda, se reunir com o Ministério Público Estadual e o Conselho Estadual de Segurança.

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