Juiz determina fechamento de bares em Pilar

Valderi Melo/ArquivoJuiz determina fechamento de bares e boates às 23h para conter violência em Pilar

Juiz determina fechamento de bares e boates às 23h para conter violência em Pilar

Apontado como o município mais violento do país, segundo dados do Ministério da Justiça, divulgados em fevereiro deste ano, a cidade de Pilar (a 42 quilômetros de Maceió) agora passa a contar com medidas drásticas visando à redução da criminalidade local. O juiz da comarca, José Eduardo Nobre Carlos, determinou o fechamento de todos bares, boates e restaurantes a partir das 23h.

A medida foi implementada na última sexta-feira, dia 3, de junho, após megaoperação policial na cidade, desencadeada pelas polícias Militar, Civil e Força Nacional visando ao combate do tráfico de drogas, entre outros crimes. Segundo o magistrado, a determinação atende pedido das autoridades policiais, que viam no funcionamento dos bares após as 23h como fator ‘facilitador’ na ocorrência de crimes.

“O aparato de segurança constatou, inclusive, que alguns meliantes migrariam de outras cidades para Pilar, uma vez que os estabelecimentos da cidade fechavam mais tarde”, informou o juiz. “O objetivo da medida é reduzir a circulação de pessoas na cidade após as 23h”, explicou.

O ‘toque de recolher’ tem sido fiscalizado por policiais do 8º Batalhão e tem sido bem recebido pela população local.

Em entrevista ao Alagoas24Horas o juiz disse, ainda, que se reuniu com o prefeito do município Oziel Barros, e com o presidente da Câmara de vereadores para exigir que o município fiscalize o funcionamento desses estabelecimentos. “Recebemos informações de que alguns destes locais são pontos de venda de drogas e não possuem autorização para funcionar. Por isso a prefeitura deve intensificar a fiscalização”, alegou Nobre Carlos.

De acordo com os último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Pilar tem uma população de 33.305 pessoas. A cidade foi alvo de uma megaoperação, no ano passado, desencadeado pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), que resultou na prisão de presidentes da Câmara, vereadores, empresários. Segundo o Gecoc, os agentes públicos lesaram os cofres públicos em mais de R$ 3 milhões.

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