Procuradora da República detalha esquema milionário no INSS/AL

O grosso das fraudes envolvendo aposentadorias fantasmas girava entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Benefícios caros, comprados de funcionários do INSS entre R$ 500,00 e R$ 2 mil.

A procuradora da República, Ladia Mara Chaves, deu detalhes do esquema que desviou R$ 12 milhões dos cofres do INSS alagoano.

Mais de 20 pessoas foram presas, entre eles peritos, contadores e funcionários do instituto em uma operação da Polícia Federal que estourou na manhã desta terça-feira, em Alagoas.

A propina paga aos funcionários- disse a procuradora da República- era para obter o auxílio-doença, que era renovável e a cada renovação, nova propina era paga.

"O levantamento foi feito pelo INSS. Em uma empresa, mais de 120 pessoas obtiveram o benefício. Ou seja, todos se aposentaram, apesar de estarem trabalhando. Estamos falando de uma empresa que existia. Havia uma padaria que tinha centenas de empregados, apesar de ser de pequeno porte. Todos se aposentavam", disse a procuradora.

Na relação, está salão de beleza- que no papel era de pequeno porte- mas, na prática, era grande. E isso era uma ilusão: a empresa não existia

O esquema- disse a procuradora- tinha duas pontes: empresas fantasmas e, após a empresa, a simulação dos benefícios, todos por incapacidade. E essa incapacidade era psiquiátrica- dificuldade maior para se checar se havia ou não a doença.

"Foram centenas de benefícios emitidos assim".

Ao todo, foram descobertas 11 empresas- apenas uma existia. O proprietário- disse a procuradora- não tinha conhecimento do esquema, a fraude era praticada por funcionários.

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