O secretário de Defesa Social, coronel Dário César, anunciou que o governo não punirá os atos ‘exclusivamente ligados ao movimento grevista’. A anistia atinge os servidores públicos que decretaram greve e participaram de mobilizações na capital, principalmente policiais civis e militares.
O acordo, no entanto, não exclui as investigações, por meio de inquéritos policiais e disciplinares, das ações envolvendo o ataque ao prédio da Assembleia Legislativa de Alagoas, Secretaria de Fazenda e o ataque com coquetel molotov a um anexo do Quartel-geral da Polícia Militar de Alagoas.
A anistia era um dos pontos de pauta apresentado pelos sindicatos das categorias em greve, que aceitaram o reajuste de 7% oferecido pelo governo de Vilela, além da implementação da política salarial que prevê a correção dos salários – anualmente – com base no IPCA.
Dário César, que comandou na manhã desta quarta-feira, dia 15, a inauguração da terceira base comunitária de Maceió, no bairro do Jacintinho, disse que com o fim das greves a segurança volta à sua normalidade. A violência em Alagoas, apontada por alguns institutos e organismos internacionais como o mais grave problema do Estado, tem recebido atenção especial do governador Teotonio Vilela Filho.
Apesar disso, o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, confirmou o aumento de 10% no número de homicídios no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período em 2010.
