Ruim para todos: América-MG e Palmeiras ficam apenas no empate

AEMauricio Ramos (de branco) fez o gol do Palmeiras

Mauricio Ramos (de branco) fez o gol do Palmeiras

Ruim para os dois lados: América-MG e Palmeiras ficaram no empate por 1 a 1 na noite desta quinta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Em um jogo sonolento, com pouco mais de 1.500 torcedores presentes, o resultado só refletiu o que foi demonstrado em campo. Pior para as duas equipes: o anfitrião segue entre os últimos, e o visitante perde a chance de se aproximar mais dos primeiros colocados. O líder é o Corinthians, com 19 pontos.

O Palmeiras tem agora 15 pontos e cai para a quinta colocação. O América está com apenas seis, em 18º, e não fez o necessário para tentar sair da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, o Palmeiras encara o Santos domingo, às 18h30m, no Pacaembu, e o time mineiro enfrenta o Atlético-MG no mesmo dia e horário, na Arena do Jacaré.

Alguém acordado aí?
As intenções de América e Palmeiras eram boas, mas o jogo não fluiu. Felipão armou sua equipe com consciência, lançando Chico na vaga de Rivaldo. Assim, o Verdão ficou com três zagueiros, e Cicinho pôde ter mais liberdade pelo lado direito. O problema é que ele foi pouco aproveitado, e o Palmeiras concentrou suas ações pela esquerda, com Luan, Maikon Leite e Wellington Paulista se embolando por ali. Desse jeito, não tinha como sair da aplicada marcação do Coelho.

A equipe de Mauro Fernandes teve pegada no meio-campo, fato que impediu Lincoln de desenvolver um bom futebol. Faltou ao América uma melhor referência na armação de jogadas, já que Rodriguinho ciscava toda vez em que pegava na bola. O meia até foi bem nas tabelas com Fábio Júnior, quando este voltava para buscar o jogo. Mesmo assim, ele errou sete passes só no primeiro tempo.

Na beira do gramado, os técnicos se irritavam com a falta de qualidade e objetividade. Após um passe errado de Luan, Felipão suplicou: “Dá para acertar pelo menos um?”. Não era exagero, já que a deficiência no fundamento foi decisiva para o jogo ficar muito ruim. Perigo mesmo, só em um chutaço de Luan que exigiu bela defesa de Flávio. E o América, em cobrança de falta de Amaral, exigiu a única intervenção difícil para Deola.

A animação ficou do lado de fora do campo. Se não fosse pelo barulho da torcida do Palmeiras – e, em menor escala, do Coelho -, seria difícil ficar acordado na Arena do Jacaré. Uns se distraíram xingando Felipão; outros até brincavam com os filhos. Foram 45 minutos de péssima qualidade, um injusto castigo para quem se dispôs a ir até Sete Lagoas.

Kempes, o despertador
A sonolência dos times só aumentou depois do intervalo. Lincoln, completamente nulo em campo, deu lugar a Patrik. Dinei substituiu Wellington Paulista. O Palmeiras parecia querer mais a vitória do que o América, tanto que Flávio começou a trabalhar – fez uma defesaça em cabeçada de Dinei, que estava impedido.

Mas, apesar de um e outro lance, tudo caminhava naquele marasmo. Pelo menos até Mauro Fernandes olhar para o banco e chamar o atacante Kempes. Sabe-se lá como, ele estava acordado o suficiente para substituir um cansado Fábio Júnior. O cabeludo atacante do América cumprimentou o companheiro e já entrou correndo. Em 20 segundos, roubou a bola no meio-campo, tabelou com Rodriguinho e deu assistência perfeita para Alessandro abrir o placar: 1 a 0 Coelho, aos 20 minutos, com comemoração ao estilo João Sorrisão.

O problema para o América é que o despertador de Kempes também acordou o Palmeiras. E aí, a equipe de Felipão resolveu se impor e partir para cima do recuado adversário, satisfeito com a vitória parcial. Sem criatividade, o Verdão dependeu mais uma vez da bola parada de Marcos Assunção: o empate veio dali, numa cobrança de falta desviada por Chico e que sobrou para Maurício Ramos conferir.

Nos 15 minutos finais, só deu Verdão. Mas era uma pressão daquelas enganosas, com muita posse de bola e pouco perigo ao gol de Flávio. Aos poucos, Felipão e sua equipe foram se conformando com o empate fora de casa. Ainda não deu para vencer a primeira longe de São Paulo. E ainda não deu para o América sair da zona de rebaixamento.

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