Ministra cogita comissão para investigar ‘tour sexual’

Empresa americana vendia pacotes sexuais na Amazônia.

Ilustração/GoogleMinistra diz que Governo não vai cruzar os braços

Ministra diz que Governo não vai cruzar os braços

A ministra da Secretaria das Mulheres, Iriny Lopes, disse ao G1 neste domingo (10) que o governo federal não vai “cruzar os braços” em relação à questão do turismo sexual na Amazônia, noticiada pelo jornal americano The New York Times no sábado (9). Iriny afirmou que nesta segunda-feira decidirá o melhor procedimento sobre o caso e que, se for necessário, a pasta enviará uma comissão à Amazônia.

“O mais importante é ver em que situação se encontra o processo, buscar atuar junto a ele, ouvir testemunhas se for preciso. Tomei conhecimento do caso pela matéria. Amanhã [segunda-feira] tomaremos pé da situação e, se for necessário, enviaremos uma comissão à Amazônia”, disse a ministra.

Segundo a reportagem, a empresa americana Wet-A-Line Tours, formalmente conhecida pelo turismo de pesca, vende também pacotes sexuais turísticos na Amazônia. O G1 tentou entrar em contato com a empresa, e aguarda resposta.

Para Iriny, a prioridade é acompanhar o processo para que ele não seja interrompido, como, de acordo com o jornal americano, quer o dono da Wet-A-Line Tours.

“Precisamos acompanhar para que o caso não seja arquivado, o que não pode é ele interromper o curso da investigação, é complicado. O que ele quer esconder? Por que não quer que o processo?”, questiona a ministra.

Nesta segunda-feira, Lopes garantiu que irá procurar a colega dos Direitos Humanos, ministra Maria do Rosário, para reforçar a atuação no caso. Ela lamentou a repercussão internacional da notícia, mas classificou a visibilidade do caso como ‘’importante’’, pois, segundo ela, mostra que o Brasil está atento à questão.

“Não conhecia este processo, não chegou pelo ‘180 denúncias’ [número da Central de Atendimento à Mulher]. Esta repercussão tem dois lados: ruim para nós do ponto de vista internacional internacional a idéia de que o turismo sexual é algo fácil, mas tem outro lado que é importante: mostra que nós não estamos dando trégua”, avaliou.

Fonte: Andréia Sadi/ Do G1, em Brasília

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