Agentes penitenciários são indiciados por morte de menor

PC/ALRebelião destruiu dependências da UIM

Rebelião destruiu dependências da UIM

O delegado Robervaldo Davino, do 4º Distrito da Capital, encaminhou à Justiça nesta quarta-feira (13) o inquérito policial que apurou a morte do adolescente Gerderson Cavalcante da Silva, 17 anos, atingido com um tiro na cabeça durante uma rebelião, ocorrida no dia 4 deste mês, na Unidade de Internação Masculina (UIM), localizada no Tabuleiro do Martins. O monitor José Alex Máximo de Souza foi indiciado como autor do homicídio.

Outros dois monitores – Adeilson Francisco de Oliveira e Ricardo Alexandre da Fonseca Azevedo – também foram indiciados por porte ilegal de arma e disparos. Eles confessaram ter usado suas armas para conter a rebelião.

Ricardo foi o autor do tiro que acertou o joelho do adolescente E.F.P.M, também de 17 anos, enquanto um dos disparos efetuados por Adeilson danificou a caixa d’água da unidade de internação. Por isso, além de porte ilegal, o primeiro foi indiciado por lesão corporal, enquanto o segundo responderá também por dano ao patrimônio público.

Os acusados disseram que usaram suas armas, porque os adolescentes ameaçavam ferir com espetos um dos monitores.

O delegado adiantou que os três acusados são agentes penitenciários – ligados ao GAP (Grupo de Apoio Penitenciário) – que, nas horas de folga, trabalhavam como monitores na UIM. “Mesmo sendo agentes (prestadores de serviço no sistema penitenciário) eles não poderiam estar armados na Unidade de Internação Masculina e, além disso, não dispunham de porte de arma” – acrescentou.

Robervaldo Davino informou que cópia do inquérito está sendo enviado à Delegacia da Criança e do Adolescente para que sejam apurados os atos praticados pelos internos da UIM, inclusive as ameaças de possível lesão corporal contra os monitores.

Trinta e cinco depoimentos foram tomados nas investigações. Dez dos internos foram identificados como “cabeças” da rebelião.

O delegado enviou também para a Justiça inquérito que indicia o agente penitenciário Marcos Antônio Batista por posse ilegal de arma. Ele estaria armado, no dia 30 de maio passado, durante uma manifestação em protesto contra a demissão de monitores da UIM.

Quando foi abordado por policiais, ele já não estava com a arma que havia sido entregue no posto policial existente naquela unidade de internação de menores. Ficou constatada, no entanto, a posse da referida arma.

Fonte: PC/AL

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