Na manhã de hoje (19), técnicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) se reuniram na Avenida Fernandes Lima para protestar contra a medida do Governo anunciada no início desta semana, e que deverá entrar em vigor no dia 1º de agosto, que visa diminuir o número de técnicos que prestam atendimento nas unidades base do SAMU. A nova medida propõe a redução de um, dos dois técnicos de enfermagem que atendem atualmente nas sete unidades que circulam em Maceió.
De acordo com os servidores, a redução da equipe trará prejuízos principalmente à população, que terá a qualidade do socorro prejudicada. A tese dos servidores é de que casos de parada respiratória e politraumatismo não podem ser executados com uma equipe menor. De acordo com os manifestantes, o número mínimo de socorristas deve ser três.
Os servidores também informaram que deverão recorrer junto ao Ministério Público Estadual e buscarão apoio de entidades como Ministério Público Federal em Alagoas, Ministério do Trabalho, OAB/AL e Ministério da Saúde e acreditam que conseguirão o apoio destas entidades por que Alagoas ocupa o primeiro lugar no ranking de violência no país, o que aumenta os índices de atendimento.
Versão do Governo
O Estado propõe que o condutor e um técnico de enfermagem façam o trabalho. Medida semelhante à proposta pelo Governo de Alagoas já é adotada em outros estados brasileiros. Os servidores alagoanos rebatem a informação dizendo que em outras capitais a deficiência é suprida com motocicletas chamadas de ‘motolâncias’, o que não ocorrerá em Alagoas.
De acordo com o Governo, esta nova proposta servirá para aumentar os números de unidades móveis que atenderão a população. Para os técnicos, trata-se de redução de custos. Eles reivindicam ainda a realização de concursos públicos. “Se o governo quer aumentar as unidades de saúde, ele deve aumentar o quadro e não remanejar pessoal,” relatou o primeiro secretário do Sinsamu, Isaac Silva, que explicou ainda que o protesto é parte integrante do calendário de mobilização da categoria que deverá durar até o fim desta semana.
A equipe do Alagoas 24horas procurou o diretor-geral do Samu para falar a respeito do assunto e fomos informados, por meio de sua assessoria, que Iracildo Camelo estava em reunião a portas fechadas com sindicalistas e membros da Secretaria de Saúde em busca de uma solução.
Os servidores informaram que se até a sexta-feira (22), a diretoria do SAMU não apresentar uma solução satisfatória, a categoria entrará em greve.
O quadro
Atualmente 125 auxiliares e técnicos e mais 118 condutores do SAMU circulam pela cidade prestando atendimento à população.