Após dizer que achou bebê em lixo, mulher confessa ser a mãe

Sua versão era a de que encontrou o bebê na lixeira de sua casa.

A mulher que disse ter encontrado um bebê recém-nascido na lixeira de sua casa, em Botucatu (230 km de SP), é na verdade a mãe da criança e tentava se desvencilhar do filho por não ter condições de criá-lo. Jocelene Veloso Schott, 33 anos, disse ter encontrado o menino, que tinha poucas horas de vida, na lixeira de sua casa, por volta da 1h de quarta-feira. Ela acabou confessando a tentativa de farsa no começo da noite em depoimento à Polícia Civil.

Na madrugada, Jocelene chamou a PM para entregar o filho, com a versão de que encontrou o bebê na lixeira de sua casa, no Jardim Marajora. A criança, ainda com o cordão umbilical, foi levada para o pronto-socorro municipal e depois internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital das Clínicas, onde deu entrada com hipotermia e baixa frequência cardíaca e continua internada em estado estável.

Durante todo o dia, a Polícia Civil recebeu informações sobre possíveis paradeiros da mãe da criança. Uma das informações foi de que seria filho de uma garota de programa. Mas o fato que chamou mais atenção foi o desaparecimento de Jocelene, que passou grande parte do dia sem atender ligações no telefone fixo e no celular. Investigadores da Delegacia da Mulher e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) também receberam a informação de que Jocelene estaria grávida. Localizada, ela foi chamada para prestar depoimento e acabou confessando que era a mãe do bebê.

Jocelene disse que teve o bebê em casa. "Eram umas 23h (de terça-feira) quando senti fortes dores e ele nasceu sozinho. Eu estava sozinha, eu e minha filha de seis anos, que estava dormindo", disse Jocelene em depoimento. Segundo ela, a gravidez foi escondida de todos. "Quero que fique com uma família que tem condições para criá-lo, porque se ficar comigo, ele vai passar fome", contou.

De acordo com a delegada da Mulher de Botucatu, Simone Alves Firmino Sampaio, a mãe não chegou a abandonar o bebê, por isso, não foi indiciada em crime de abandono de incapaz. Ela foi indicada por falsa comunicação de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal, cuja pena é de um a seis meses de detenção ou multa. "A criança esteve o tempo todo com a mãe até a chegada dos policiais militares que a levaram para o pronto-socorro e depois para o hospital", disse o delegado. A baixa temperatura foi atribuída às precárias condições em que o bebê nasceu. "O importante é que a criança está bem de saúde e aguarda decisão do Juizado da Infância e da Juventude para adoção", disse.

Fonte: Chico Ciqueira

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