Para reconquistar o torcedor e o futebol, Brasil sub-20 enfrenta Áustria

AFPPhilippe Coutinho será um dos responsáveis pela armação das jogadas do Brasil contra a Áustria

Philippe Coutinho será um dos responsáveis pela armação das jogadas do Brasil contra a Áustria

O torcedor se pintou, vestiu a camisa amarela – colombiana ou brasileira – e foi ao estádio com toda a empolgação do mundo para a abertura do Mundial Sub-20 na última sexta-feira. Mas voltou para casa decepcionado com o rendimento aquém da Seleção, que encerrou a noite chuvosa com um empate com o Egito. Nada que o tempo e uma boa apresentação não possam curar. Nesta segunda, há nova chance para a equipe do técnico Ney Franco reconquistar o público de Barranquilla e, principalmente, o futebol que lhe faltou na estreia. A missão de Philippe Coutinho & Cia. será contra a Áustria, às 22h (de Brasília), no Estádio Metropolitano, pela segunda rodada do Grupo E – os africanos e o Panamá duelam na preliminar, às 19h. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos.

– A gente tem o compromisso de resultados, mas é melhor consegui-los jogando bem. E se isso realmente acontecer vai motivar o torcedor a vir para o estádio e apoiar-nos, o que é legal. Mas também há um detalhe que é previsível: temos que usar o início para nos ajustar. Assim como a Argentina, a maioria dos jogadores está em seus times principais. Por isso começamos a trabalhar apenas no dia 4 de julho, há praticamente um mês com essa equipe. Nessa mesma competição vemos times que estão juntos há seis, sete meses – disse Ney Franco, que elogiou e muito a festa que inaugurou do Mundial.

– A festa está bonita. A abertura foi linda, ótima, e Barranquilla está de parabéns por tudo até o momento. Esperamos contribuir mostrando como é a escola brasileira. Primeiro, o resultado e depois, se possível, com o futebol.

Alex Sandro e Henrique: os ‘ajustes finos’
Preocupado com o tiro curto e a importância de avançar em primeiro para seguir em Barranquilla nas oitavas de final, o treinador mexeu no sistema tático e em duas peças. Na lateral esquerda, uma substituição simples: saiu Gabriel Silva e entrou o titular Alex Sandro, recuperado de uma lesão muscular na coxa direita.

Na frente, Alan Patrick foi para o banco e Henrique fará companhia a Willian. Philippe Coutinho, Oscar e Casemiro serão os responsáveis pela armação, em um esquema 4-4-2 losango, com Fernando sendo o responsável pela marcação, como um cão de guarda.

– A melhor maneira de trabalhar os nossos erros é ir a campo e ajustar a equipe. Pedi mais velocidade na transição da defesa para o ataque, boa movimentação dos jogadores e espero que, com essa adaptação ao clima e com as sessões de treinamentos que realizamos, essa equipe já vá estar melhor tecnicamente e fisicamente para suportar o que uma equipe do exterior sente quando vai jogar no país. O termo que eu tenho usado são os ajustes finos para que essa equipe possa crescer dentro da competição – justificou Ney.

Áustria feliz com ausências de Neymar e Lucas
O rival da vez não é mistério para o Brasil. Ao estudar os vídeos da equipe, Ney Franco constatou que jogam de forma similar ao Egito, no já tradicional 4-2-3-1, com um atacante perigoso de referência. O técnico Andreas Heraf, no entanto, preferiu não divulgar a escalação previamente e dedicou boa parte de sua entrevista a elogios à Seleção pentacampeã mundial – e tetra da categoria sub-20.

– Se o Brasil chega em todo o jogo como favorito, contra a Áustria será em dobro, pois somos um país muito pequeno e que comemora muito o fato de estar no Mundial. Mas vamos para ganhar, pois é o que nos restou depois do empate na estreia. Contra o Panamá tivemos algumas chances de gol e não acho que será o mesmo segunda. Então temos que aproveitar cada oportunidade que aparecer, ainda que eu veja o meu time na defesa na maioria do tempo – afirmou Heraf, que comemorou as ausências de Neymar e Lucas.

– Estou feliz por Neymar e Lucas não estarem aqui, são dois grandes jogadores do futebol internacional, mas os que estão aqui ainda são ótimos. Não iremos marcar ninguém individualmente, e se fosse seria injusto com os outros, pois é um time com grandes jogadores. Poderia começar com o Coutinho, ir para o Casemiro, Oscar, Danilo… É realmente duro para dizer quem é o melhor – encerrou Heraf.

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