A delegada Maria do Socorro, titular do 25º DP, em Fernão Velho, confirmou na tarde desta segunda-feira, 1º de agosto, que a investigação sobre o assassinato do ator Denílson Leite da Silva, 36 anos, foi concluída. Após investigar a versão apresentada pelo professor Wagner Oliveira dos Santos – preso na última sexta-feira (29) como suspeito do crime – e algumas denúncias, a polícia chegou aos verdadeiros culpados.
A delegada conta que o menor de 15 anos, com quem a vítima matinha um relacionamento amoroso, e outros três amigos seriam os responsáveis pelo crime, ocorrido no dia 24 de julho, no Distrito de Fernão Velho. A motivação seria passional.
Dois dos acusados e o menor se apresentaram à polícia na manhã de hoje e contaram sua versão para o crime. Eles disseram que atraíram o ator para um bar na noite antes do crime. A intenção do menor era terminar o relacionamento com o ator, mas a vítima não queria aceitar. Os dois brigaram dentro do veículo de Denílson, o que teria provocado sua morte.
Os acusados desferiram golpes de faca peixeira contra o ator e depois coloram o corpo na mala do veículo para ‘desová-lo’ próximo a uma chácara, em Fernão Velho. Em seguida os criminosos seguiram para o Benedito Bentes, onde atearam fogo ao veículo (Cross Fox de cor prata e placa MVI-5575), na localidade conhecida como Alto da Alegria.
O menor negou que tenha matado Denílson, mas confirma que estava no veículo com os comparsas, que residem em Fernão Velho.
A delegada informou que encaminhará para a delegada Cássia Mabel, titular da Criança e do Adolescente, o auto de investigação, já que um dos acusados possui 15 anos. “Ela é quem vai conduzir o caso a partir de agora”, disse Socorro.
Quanto ao professor Wagner Oliveira, foi liberado já que não há indícios de seu envolvimento com o caso. No entanto, a delegada salienta que Wagner cometeu um erro ao omitir as informações que sabia, assim que o ator foi encontrado morto. O professor que era amigo da vítima há muitos anos, recebeu um telefone de Denílson na noite antes do crime. O amigo o teria convidado para sair com ele e os demais. “Ele sabia com quem o amigo estava e não contou nem a família, nem à polícia. O caso já teria sido solucionado. No entanto, isso não é razão para mantê-lo preso. Só a Justiça vai dizer se ele deve responder por isso ou não”, concluiu a delegada.