Transportes exonera mais 4 servidores; baixas vão a 25

Dois servidores já haviam pedido demissão.

GoogleA saída dos servidores foi assinada por Dilma

A saída dos servidores foi assinada por Dilma

Em mais um episódio das denúncias de corrupção envolvendo o Ministério dos Transportes, o Diário Oficial da União (DOU) publicou mais seis exonerações na pasta nesta terça-feira. Dois servidores já haviam pedido demissão, e sua saída foi assinada pela presidente da República, Dilma Rousseff: Geraldo Lourenço de Souza Neto, diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) e diretor interino de Administração e Finanças do departamento; e José Henrique Sadok de Sá, ex-diretor-executivo do Dnit.

Saiba quem é quem na crise dos Transportes

Jeanine Santana Ferrari saiu do cargo de coordenadora de Licitações de Obras e Serviços de Engenharia da Diretoria Executiva do Dnit, e Nei Japur, do cargo de coordenador de Administração Patrimonial da Diretoria de Administração e Finanças do Dnit. As duas baixas foram assinadas pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Mário Bianco Masella.

A saída de Nadja Tereza Monteiro de Oliveira, coordenadora-geral de Cadastro e Licitações da Diretoria Executiva do Dnit, foi assinada pelo ministro da pasta, Paulo Sérgio Passos. Já Herbert Drummond, diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, foi exonerado por decreto da presidente Dilma Rousseff.

O superintendente do Dnit no Mato Grosso e afilhado de Luiz Antônio Pagot, Nilton Britto, disse na semana passada ter pedido exoneração do cargo. No entanto, a decisão ainda não foi publicada no DOU. Até esta terça-feira, o ministério dos Transportes somava 25 afastamentos ou exonerações da pasta.

A crise no Ministério dos Transportes

Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo.

O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".

Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos de um filho do ministro. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.

Além de Nascimento, outros integrantes da pasta foram afastados ou demitidos, entre eles o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron – único indicado pelo PT na direção do órgão -, o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, e assessores de Nascimento.

Fonte: Terra

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