Prefeitura deve abrir licitação para lixo ainda este ano

Juiza determina que Prefeitura de Maceió abra, este ano, licitação para Decisão da juiza Soraya Maranhão, da 14ª Vara Cível da capital, determina que o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP) abra ainda este semestre licitação para que novas empresas possam recolher o lixo em Maceió. Na prática, a juiza proibiu que os contratos fossem prorrogados.

A Prefeitura já havia prorrogado, por mais um ano, os contratos com a Viva Ambiental e a Limpel no mês de julho.

"Com isso em janeiro a Prefeitura tem de ter uma empresa de lixo operando em Maceió, com tudo licitado", disse a magistrada ao reporteralagoas.com.br.

Provavelmente, essa foi a última decisão da juiza- que deve ser transferida para a comarca de Major Isidoro, a pedido dela.

O Ministério Público Estadual havia apontado, em 2006, irregularidades na licitação- que acabou na contratação da Limpel e da Viva.

No início deste ano, o MP denunciou Almeida pelo desvio de R$ 200 milhões dos cofres públicos no chamado "esquema do lixo" – uma fraude envolvendo empresas de coleta de lixo.

A ação criminal foi movida pelo chefe do Ministério Público (MP) de Alagoas, Eduardo Tavares Mendes. Se condenado, o prefeito pode pegar até 15 anos de prisão, perder o mandato, ficar inelegível por cinco anos, além de devolver o dinheiro.

De acordo com o MP, houve quatro tipos de infrações penais: fraude em licitações, pagamentos irregulares às empresas que fazem a coleta do lixo, prevaricação e ordenação de despesas indevidas. Além de Almeida, foram denunciados o ex-chefe da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM) João Vilela, o ex-secretário de Finanças Fernando Dacal e o empresário Lucas Queiroz Abud, sócio da Viva Ambiental, principal beneficiária dos atuais contratos de coleta de lixo na capital.

A denúncia foi movida pela Promotoria Coletiva da Fazenda Municipal, em 26 de novembro de 2011. Ao todo, são 17 acusações, entre elas, manipulação de licitação. A denúncia do MP tem 16 volumes, 4.236 páginas e 200 documentos.

Almeida foi indiciado pela Polícia Federal em 2007, pelo desvio de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa – quando era deputado estadual.

Fonte: Odilon Rios/Repórter Alagoas

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